Governo e Farc confirmam abertura de negociações quinta
Com o anúncio, o Executivo colombiano e a guerrilha tiraram dúvidas sobre o avanço das gestões para a abertura de processo de paz
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2012 às 11h37.
Bogotá - O governo colombiano e as Farc confirmaram nesta terça-feira que a mesa de negociações de paz que pactuaram em Havana será instalada na próxima quinta-feira em Oslo.
Em comunicado conjunto divulgado em Bogotá, as partes reiteraram que a agenda da segunda fase do processo de paz começará amanhã, também em Oslo.
"Reiteramos a realização da reunião pela paz da Colômbia para 17 de outubro, desenvolvendo uma agenda que encerrará dia 18 à tarde, tempo de Oslo, com a instalação pública e entrevista coletiva", segundo a nota, divulgada pelo Serviço Informativo do Governo (SIG).
No comunicado, as partes também informaram que "a partir da conclusão da fase preparatória e até o momento, continuaram os contatos e as reuniões de trabalho preparatórias da instalação pública da mesa de diálogo na Noruega".
Com a nota, a primeira divulgada pela agência governamental em Bogotá, o Executivo colombiano e as Farc tiraram dúvidas sobre o avanço das gestões para a abertura de processo de paz, o terceiro formal entre ambas partes no meio século que dura o conflito armado interno.
Dificuldades logísticas atrasaram a viagem da Colômbia a Cuba dos últimos delegados do grupo rebelde na mesa de negociadores, que terá como líderes ao ex-vice-presidente colombiano Humberto da Rua e a "Ivan Márquez", conhecido como Luciano Marín Arango, segundo o comando das Farc e seu porta-voz internacional.
Marín foi na segunda-feira para a capital cubana.
O governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) assumiram o compromisso do diálogo de paz em 26 de agosto em Havana, no chamado "Acordo geral para o término do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura".
O pacto foi assinado após seis meses de "conversas preparatórias" que tiveram Cuba e Noruega como fiadores e Venezuela e Chile como acompanhantes, países que terão esse papel durante todo o processo, que depois de Oslo voltará à ilha caribenha.