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Governo do Congo não irá negociar com rebeldes do M23

"Mais uma vez, as incursões dos rebeldes pretendem nos aterrorizar. Todo mundo sabe que o M23 é uma caixa vazia", afirmou o porta-voz do governo congolês

Membros do M23, na República Democrática do Congo: a RDC está ainda imersa em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003) (REUTERS)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2012 às 17h29.

Kinshasa - O Governo da República Democrática do Congo (RDC) se negou, nesta segunda-feira, a negociar com os rebeldes do Movimento M23 depois que foram registrados enfrentamentos entre os insurgentes e o Exército congolês nas imediações do aeroporto de Goma, a capital da província de Kivu do Norte.

A rejeição das autoridades congolesas acontece poucas horas depois que o M23 ofereceu um prazo de 24 horas ao governo para abrir uma negociação direta com a participação da oposição não armada, a sociedade civil e membros da diáspora.

"Mais uma vez, as incursões dos rebeldes pretendem nos aterrorizar. Todo mundo sabe que o M23 é uma caixa vazia", afirmou o porta-voz do governo congolês, Lambert Mende, em declarações a um grupo de jornalistas.

"Por isso, preferimos negociar com os verdadeiros agressores, ou seja, com Ruanda, no marco da Conferência Internacional sobre a região dos Grandes Lagos", acrescentou Mende.

A rejeição das negociações da RDC aconteceu em uma jornada na qual os rebeldes se enfrentaram com as Forças Armadas da RDC (FARDC), apoiadas por soldados da ONU desdobrados na zona, nas imediações do aeroporto de Goma, capital da província de Kivu do Norte, no nordeste do país.

"Apoiamos as Forças Armadas da RDC (FARDC), que enfrentaram, de novo, os rebeldes do M23, que se aproximam do aeroporto e do quartel militar de Kitindo", disse à Agência Efe, em conversa telefônica, o porta-voz da missão da ONU na RDC (Monusco), Mando Mounoubai.


Segundo Mounoubai, havia um pacto para um cessar-fogo após a proposta do M23 de negociar com o governo, mas ele não foi cumprido.

"A situação é confusa na cidade de Goma, onde a população segue fugindo maciçamente rumo a Gyseni ( Ruanda ) e Bukavu, em Kivu do Sul", explicou Mounoubai, assegurando que a capital de Kivu do Norte segue em mãos das FARDC e das forças da ONU, que garantem a segurança dos civis.

Apesar dos relatórios filtrados da ONU assinalarem que Ruanda é responsável pelo conflito em apoio dos rebeldes, esse país africano negou, em repetidas ocasiões, seu envolvimento.

O M23 é um grupo de soldados congoleses fiéis ao rebelde Bosco Ntaganda, procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade.

Nos últimos meses, a zona oriental da RDC foi palco de diversos enfrentamentos entre o exército e os rebeldes do M23, conflitos que começaram em abril por conta da perda de poder do líder do grupo, imposta pelo Executivo de Kinshasa, e reivindicaram novas negociações com o governo.

Estes enfrentamentos forçaram milhares de pessoas a buscarem refúgio nas vizinhas Uganda e Ruanda.

A RDC está ainda imersa em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003), na qual estiveram envolvidos vários países africanos.

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Kinshasa - O Governo da República Democrática do Congo (RDC) se negou, nesta segunda-feira, a negociar com os rebeldes do Movimento M23 depois que foram registrados enfrentamentos entre os insurgentes e o Exército congolês nas imediações do aeroporto de Goma, a capital da província de Kivu do Norte.

A rejeição das autoridades congolesas acontece poucas horas depois que o M23 ofereceu um prazo de 24 horas ao governo para abrir uma negociação direta com a participação da oposição não armada, a sociedade civil e membros da diáspora.

"Mais uma vez, as incursões dos rebeldes pretendem nos aterrorizar. Todo mundo sabe que o M23 é uma caixa vazia", afirmou o porta-voz do governo congolês, Lambert Mende, em declarações a um grupo de jornalistas.

"Por isso, preferimos negociar com os verdadeiros agressores, ou seja, com Ruanda, no marco da Conferência Internacional sobre a região dos Grandes Lagos", acrescentou Mende.

A rejeição das negociações da RDC aconteceu em uma jornada na qual os rebeldes se enfrentaram com as Forças Armadas da RDC (FARDC), apoiadas por soldados da ONU desdobrados na zona, nas imediações do aeroporto de Goma, capital da província de Kivu do Norte, no nordeste do país.

"Apoiamos as Forças Armadas da RDC (FARDC), que enfrentaram, de novo, os rebeldes do M23, que se aproximam do aeroporto e do quartel militar de Kitindo", disse à Agência Efe, em conversa telefônica, o porta-voz da missão da ONU na RDC (Monusco), Mando Mounoubai.


Segundo Mounoubai, havia um pacto para um cessar-fogo após a proposta do M23 de negociar com o governo, mas ele não foi cumprido.

"A situação é confusa na cidade de Goma, onde a população segue fugindo maciçamente rumo a Gyseni ( Ruanda ) e Bukavu, em Kivu do Sul", explicou Mounoubai, assegurando que a capital de Kivu do Norte segue em mãos das FARDC e das forças da ONU, que garantem a segurança dos civis.

Apesar dos relatórios filtrados da ONU assinalarem que Ruanda é responsável pelo conflito em apoio dos rebeldes, esse país africano negou, em repetidas ocasiões, seu envolvimento.

O M23 é um grupo de soldados congoleses fiéis ao rebelde Bosco Ntaganda, procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade.

Nos últimos meses, a zona oriental da RDC foi palco de diversos enfrentamentos entre o exército e os rebeldes do M23, conflitos que começaram em abril por conta da perda de poder do líder do grupo, imposta pelo Executivo de Kinshasa, e reivindicaram novas negociações com o governo.

Estes enfrentamentos forçaram milhares de pessoas a buscarem refúgio nas vizinhas Uganda e Ruanda.

A RDC está ainda imersa em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003), na qual estiveram envolvidos vários países africanos.

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