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Governo diz que greves em obras de usinas não preocupam

Em busca de melhores condições de trabalho, parte dos empregados na construção das usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio paralisou as atividades nesta semana

Canteiro da Usina de Jirau: obras paralisadas (Fernanda Preto/Veja)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2012 às 17h03.

Brasília - As paralisações de funcionários em três das maiores usinas hidrelétricas em construção no País não preocupam até o momento o Ministério de Minas e Energia (MME). Na avaliação de técnicos da pasta, existe certa folga nos cronogramas desses empreendimentos. Além disso, a expectativa do governo é de que o processo de negociação, que já entrou no Palácio do Planalto, possa levar as partes a um acordo o mais rápido possível.

Em busca de melhores condições de trabalho, parte dos empregados na construção das usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio paralisou as atividades nesta semana, em um movimento que já se tornou recorrente nas obras de hidrelétricas no Norte do País. Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Altino Ventura Filho, as greves deflagradas são apenas "conjunturais".

"Esse tipo de evento não necessariamente compromete o andamento das obras, até mesmo porque os cronogramas dessas usinas já foram antecipados, uma vez que os consórcios ganham mais se entregarem a energia em um tempo menor", afirmou o secretário à Agência Estado. "Além disso, o crescimento da economia brasileira tem sido menor do que o previsto, portanto a demanda energética também diminui", acrescentou.

Ventura Filho também lembrou que os cronogramas das obras são reestimados todos os anos, levando em consideração os acontecimentos imprevistos, que vão desde as oscilações no regime das chuvas a até mesmo os acidentes nos canteiros. "Todo tipo de imprevisto já é considerado, inclusive as greves", completou.


Desta forma, na visão do MME, as greves por enquanto não prejudicam a entrega de energia dessas usinas nos próximos anos. Mas o secretário pondera que, se os movimentos se arrastarem por muito tempo, aí sim seus efeitos poderão começar a ser sentidos na produção futura. "A expectativa é de que se chegue a um entendimento o mais breve possível. O ministério não participa diretamente das negociações, mas acompanha o processo de perto", disse o secretário.

Na próxima semana, o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, deve instalar uma comissão tripartite com representantes dos trabalhadores, das empreiteiras e do Ministério do Trabalho para buscar um acordo que viabilize a retomada por completo das obras. De acordo com Ventura Filho, o MME foi convidado para realizar uma exposição sobre a importância dessas usinas para o suprimento energético do País nesta década.

"Metade da energia necessária para os próximos dez anos virá das hidrelétricas e 73% desse total já estão contratados. A segurança energética brasileira é muito elevada", concluiu o secretário.

Licenciamento

Ventura Filho afirmou que o MME também está acompanhando o desenrolar da situação da Usina de Teles Pires, cujas obras foram suspensas nesta semana devido a uma decisão da Justiça Federal de Mato Grosso, que invalidou a licença ambiental do empreendimento. "Modificações no projeto serão feitas se forem necessárias. Os atores envolvidos nesse processo devem chegar logo a um entendimento", avaliou.

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Brasília - As paralisações de funcionários em três das maiores usinas hidrelétricas em construção no País não preocupam até o momento o Ministério de Minas e Energia (MME). Na avaliação de técnicos da pasta, existe certa folga nos cronogramas desses empreendimentos. Além disso, a expectativa do governo é de que o processo de negociação, que já entrou no Palácio do Planalto, possa levar as partes a um acordo o mais rápido possível.

Em busca de melhores condições de trabalho, parte dos empregados na construção das usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio paralisou as atividades nesta semana, em um movimento que já se tornou recorrente nas obras de hidrelétricas no Norte do País. Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Altino Ventura Filho, as greves deflagradas são apenas "conjunturais".

"Esse tipo de evento não necessariamente compromete o andamento das obras, até mesmo porque os cronogramas dessas usinas já foram antecipados, uma vez que os consórcios ganham mais se entregarem a energia em um tempo menor", afirmou o secretário à Agência Estado. "Além disso, o crescimento da economia brasileira tem sido menor do que o previsto, portanto a demanda energética também diminui", acrescentou.

Ventura Filho também lembrou que os cronogramas das obras são reestimados todos os anos, levando em consideração os acontecimentos imprevistos, que vão desde as oscilações no regime das chuvas a até mesmo os acidentes nos canteiros. "Todo tipo de imprevisto já é considerado, inclusive as greves", completou.


Desta forma, na visão do MME, as greves por enquanto não prejudicam a entrega de energia dessas usinas nos próximos anos. Mas o secretário pondera que, se os movimentos se arrastarem por muito tempo, aí sim seus efeitos poderão começar a ser sentidos na produção futura. "A expectativa é de que se chegue a um entendimento o mais breve possível. O ministério não participa diretamente das negociações, mas acompanha o processo de perto", disse o secretário.

Na próxima semana, o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, deve instalar uma comissão tripartite com representantes dos trabalhadores, das empreiteiras e do Ministério do Trabalho para buscar um acordo que viabilize a retomada por completo das obras. De acordo com Ventura Filho, o MME foi convidado para realizar uma exposição sobre a importância dessas usinas para o suprimento energético do País nesta década.

"Metade da energia necessária para os próximos dez anos virá das hidrelétricas e 73% desse total já estão contratados. A segurança energética brasileira é muito elevada", concluiu o secretário.

Licenciamento

Ventura Filho afirmou que o MME também está acompanhando o desenrolar da situação da Usina de Teles Pires, cujas obras foram suspensas nesta semana devido a uma decisão da Justiça Federal de Mato Grosso, que invalidou a licença ambiental do empreendimento. "Modificações no projeto serão feitas se forem necessárias. Os atores envolvidos nesse processo devem chegar logo a um entendimento", avaliou.

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