Governo da França confirma François Bayrou como novo primeiro-ministro
Anúncio aconteceu na manhã desta sexta-feira (horário de Brasília)
Repórter
Publicado em 13 de dezembro de 2024 às 08h55.
Última atualização em 13 de dezembro de 2024 às 16h01.
O presidente francês Emmanuel Macron nomeou nesta sexta-feira, 13, François Bayrou como novo primeiro-ministro. O anúncio foi feito por um comunicado oficial do Palácio do Eliseu, sede oficial do Executivo francês.
Este é o quarto político a assumir o cargo em um intervalo de 11 meses e acontece após a renúncia de Michel Barnier, que ficou apenas três meses exercendo a função. Sua saída aconteceu após as eleições antecipadas de julho, que resultaram em uma Assembleia Nacional sem maiorias claras e dividida em três blocos irreconciliáveis (esquerda, centro-direita e extrema-direita).
A queda de Barnier foi provocada por seu orçamento para 2025, que incluía medidas de austeridade consideradas inaceitáveis para a maioria legislativa, mas que ele considerava indispensáveis para estabilizar as finanças francesas.
A moção de censura interrompeu todo o plano financeiro do governo e levou à renovação automática do atual orçamento para o próximo ano, a menos que o governo consiga aprovar rapidamente uma nova proposta, o que parece pouco provável.
"A França possivelmente não terá um orçamento para 2025", escreveu a ING Economics em uma nota, que prevê o início de "uma nova era de instabilidade política".
A agência de classificação financeira Moody's advertiu que a queda de Barnier "aprofunda a estagnação política" e "reduz a possibilidade de consolidar as finanças públicas".
Cenário político francês enfrenta turbulências
Macron dissolveu de forma inesperada a Assembleia Nacional em junho, após a derrota de sua base nas eleições europeias. As eleições legislativas antecipadas resultaram em um Parlamento fragmentado em três blocos (esquerda, centro-direita e extrema-direita), sem maioria absoluta.
O ex-primeiro-ministro e ex-comissário europeu Michel Barnier, que havia sido nomeado apenas três meses antes, teve que renunciar em 5 de dezembro após um histórico voto de censura contra ele na Assembleia.