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Escândalo de gastos derruba governador de Tóquio

Governador de Tóquio, Yoichi Masuzoe, renunciou ao cargo após um escândalo de uso de gastos públicos para despesas pessoais

Governador de Tóquio, Yoichi Masuzoe, faz uma reverência após apresentar pedido de renúncia do cargo (Reuters/Toru Hanai)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 06h51.

Tóquio - O governador da região metropolitana de Tóquio , Yoichi Masuzoe, apresentou sua renúncia nesta quarta-feira devido a um escândalo de uso inadequado de dinheiro público, pelo qual corria o risco de sofrer uma moção de censura apoiada pela maioria dos partidos políticos.

Masuzoe, que assumiu o cargo em 2014 com o apoio do Partido Liberal-Democrata (PLD), decidiu deixá-lo diante das perspectivas de evitar a moção, que seria aprovada hoje na assembleia regional.

O governador apresentou sua renúncia ao presidente da assembleia antes da votação desta iniciativa contra sua gestão, mas sua saída definitiva só deve acontecer até o próximo dia 21, disseram fontes do governo regional à "NHK".

A saída do cargo por parte do governador da região metropolitana da capital é mais um dos problemas na lista que vêm atingindo os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, como a mudança do projeto do estádio, as acusações de plágio pelo logotipo e a investigação da candidatura pelo pagamento de propina.

Desde abril, o político independente, de 67 anos, resistia à pressão crescente da opinião pública e de todos os partidos - incluindo o PLD, que é liderado pelo primeiro-ministro do país, Shinzo Abe - pelas acusações de ter feito gastos exagerados com fins pessoais, como férias com sua família ou a compra de livros e obras de arte.

Além disso, o governador gastou 200 milhões de ienes (US$ 1,88 milhão) em nove viagens ao exterior desde que assumiu o posto, entre eles passagens de avião de primeira classe, suítes em hotéis de luxo e ligações telefônicas de alto valor.

Masuzoe "tomou a medida mais apropriada para ele mesmo, para os partidos da assembleia regional e para todos", afirmou o porta-voz do Executivo central, Hiroshige Seiko, em entrevista coletiva.

Ontem, os sete partidos com maior representação no parlamento da região metropolitana de Tóquio, entre eles o PLD e seu sócio de governo, o Novo Komeito, apresentaram uma moção de censura contra sua gestão depois que muitos reivindicaram sua renúncia.

A aprovação desta moção obrigaria o governador a deixar o cargo ou dissolver a assembleia regional e convocar novas eleições.

A organização dos Jogos de Tóquio 2020 está sob escrutínio porque o comitê organizador se viu obrigado a mudar seu logotipo este ano após a denúncia de plágio de um desenhista belga.

Além dos problemas gerados pelos custos excessivos orçados para o estádio olímpico, a procuradoria francesa investiga agora pagamentos no valor de US$ 2 milhões supostamente realizados pelo entorno da candidatura de Tóquio para uma conta secreta vinculada ao Comitê Olímpico Internacional.

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Tóquio - O governador da região metropolitana de Tóquio , Yoichi Masuzoe, apresentou sua renúncia nesta quarta-feira devido a um escândalo de uso inadequado de dinheiro público, pelo qual corria o risco de sofrer uma moção de censura apoiada pela maioria dos partidos políticos.

Masuzoe, que assumiu o cargo em 2014 com o apoio do Partido Liberal-Democrata (PLD), decidiu deixá-lo diante das perspectivas de evitar a moção, que seria aprovada hoje na assembleia regional.

O governador apresentou sua renúncia ao presidente da assembleia antes da votação desta iniciativa contra sua gestão, mas sua saída definitiva só deve acontecer até o próximo dia 21, disseram fontes do governo regional à "NHK".

A saída do cargo por parte do governador da região metropolitana da capital é mais um dos problemas na lista que vêm atingindo os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, como a mudança do projeto do estádio, as acusações de plágio pelo logotipo e a investigação da candidatura pelo pagamento de propina.

Desde abril, o político independente, de 67 anos, resistia à pressão crescente da opinião pública e de todos os partidos - incluindo o PLD, que é liderado pelo primeiro-ministro do país, Shinzo Abe - pelas acusações de ter feito gastos exagerados com fins pessoais, como férias com sua família ou a compra de livros e obras de arte.

Além disso, o governador gastou 200 milhões de ienes (US$ 1,88 milhão) em nove viagens ao exterior desde que assumiu o posto, entre eles passagens de avião de primeira classe, suítes em hotéis de luxo e ligações telefônicas de alto valor.

Masuzoe "tomou a medida mais apropriada para ele mesmo, para os partidos da assembleia regional e para todos", afirmou o porta-voz do Executivo central, Hiroshige Seiko, em entrevista coletiva.

Ontem, os sete partidos com maior representação no parlamento da região metropolitana de Tóquio, entre eles o PLD e seu sócio de governo, o Novo Komeito, apresentaram uma moção de censura contra sua gestão depois que muitos reivindicaram sua renúncia.

A aprovação desta moção obrigaria o governador a deixar o cargo ou dissolver a assembleia regional e convocar novas eleições.

A organização dos Jogos de Tóquio 2020 está sob escrutínio porque o comitê organizador se viu obrigado a mudar seu logotipo este ano após a denúncia de plágio de um desenhista belga.

Além dos problemas gerados pelos custos excessivos orçados para o estádio olímpico, a procuradoria francesa investiga agora pagamentos no valor de US$ 2 milhões supostamente realizados pelo entorno da candidatura de Tóquio para uma conta secreta vinculada ao Comitê Olímpico Internacional.

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