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Golpista de Burkina Fasso será julgado por tribunal militar

Dienderé, que na última quinta-feira se entregou às autoridades após negociar com o governo de transição, foi denunciado no total por 11 delitos


	Homem com bandeira de Burkina Fasso em protesto: junto ao líder golpista, também será julgado o ministro das Relações Exteriores do regime anterior preso há poucos dias por envolvimento com o golpe
 (Reuters / Joe Penney)

Homem com bandeira de Burkina Fasso em protesto: junto ao líder golpista, também será julgado o ministro das Relações Exteriores do regime anterior preso há poucos dias por envolvimento com o golpe (Reuters / Joe Penney)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 08h53.

Ouagadogou - O general Gilbert Diendéré, líder golpista e aliado do ex-presidente deposto Blaise Compaoré, será julgado em um tribunal militar depois de ter sido acusado de homicídio e traição, entre outros crimes, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

Dienderé, que na última quinta-feira se entregou às autoridades após negociar com o governo de transição, foi denunciado no total por 11 delitos, entre eles conspirar com forças estrangeiras para desestabilizar a segurança interna.

Junto ao líder golpista, também será julgado o ministro das Relações Exteriores do regime de Compaoré, o general Djibrill Bassolé, preso há poucos dias por ter envolvimento com o golpe, conforme o portal de notícias "Burkina 24".

O ex-chanceler pretendia concorrer nas eleições presidenciais adiadas pela tentativa de golpe de Estado, mas o Conselho Constitucional rejeitou sua candidatura conforme a nova lei eleitoral, que proíbe que apoiadores de Compaoré retornem ao poder no país.

No último dia 16 de setembro, o Conselho de Ministros foi interrompido por um grupo de militares que, após prenderem o presidente e o primeiro-ministro de Burkina Fasso, declararam o fim do governo de transição e nomearam Dienderé como novo líder do país.

Após dias de tensão, o Exército decidiu apoiar o regime democrático e enviou tropas para Ouagadogou, capital de Burkina Fasso, com o objetivo de desarmar os golpistas.

A pressão das Forças Armadas e as negociações com mediação de países como Senegal e Benin, respaldados pelos Estados Unidos e França, fizeram com que os golpistas renunciassem a intenção de ficar no poder até as eleições, restaurando o governo civil.

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