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Fusão das siderúrgicas Jinan com Laiwu não muda mercado chinês

Se concretizada, união das duas empresas criará a segunda maior siderúrgica da China, mas país continuará com uma indústria pulverizada

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A eventual fusão da siderúrgica Jinan Iron and Steel Group com a Laiwu Steel Group, em análise pelas autoridades da China, não será suficiente para mudar a profunda desconcentração desse setor no país. Divulgada nesta segunda-feira (31/7) pela imprensa local, o possível acordo criaria a segunda maior siderúrgica do país, com produção anual de 20,7 milhões de toneladas de aço bruto - volume bem próximo dos 23,8 milhões produzidos pela Baosteel, que lidera o mercado chinês.

Para os padrões brasileiros, uma fusão deste porte significaria uma forte concentração de mercado. A produção somada da Jinan e da Laiwu equivaleria a 65,5% dos cerca de 31,6 milhões de toneladas de aço bruto produzido por todo o Brasil. Mas, para a realidade chinesa, esse montante é bastante modesto. Unidas, as duas empresas deteriam apenas 6% da produção do país.

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Em análise divulgada nesta terça-feira, a consultoria Tendências destaca que as dez maiores siderúrgicas chinesas respondem por 35,86% do total da produção de aço bruto do país. Mesmo com a fusão, o quadro mudaria pouco: as dez maiores deteriam 37,8% do mercado local. Segundo a consultoria, a indústria siderúrgica mundial atravessa um forte processo de consolidação que ainda demorará alguns anos. As companhias chinesas devem aumentar sua importância nesse processo pois, até 2010, o governo chinês pretende incentivar um processo de consolidação do setor. A meta é que as dez maiores siderúrgicas respondam por 50% do aço bruto fabricado na China até o fim da década.

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