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Furacão Sally ruma para a costa dos EUA e pode causar inundação histórica

Tempestade pode atingir os litorais de Mississippi, Alabama e Flórida com marés intensas de até 2,5 metros em certos locais

Sally: quase 11 mil casas estão ameaçadas por marés de tempestade (Jonathan Bachman/Reuters)

Sally: quase 11 mil casas estão ameaçadas por marés de tempestade (Jonathan Bachman/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de setembro de 2020 às 16h49.

Última atualização em 15 de setembro de 2020 às 21h18.

O Furacão Sally se aproximou ainda mais da costa dos Estados Unidos, no Golfo do México, na manhã desta terça-feira, 15, e pode causar inundações históricas, alertou o Centro Nacional de Furacões (NHC) americano, uma vez que se espera mais de 61 centímetros de chuva em algumas áreas.

Os ventos do Sally, a segunda tempestade intensa a ameaçar a região em menos de um mês, diminuíram para 140 quilômetros por hora e, na manhã desta terça-feira, 15, o furacão estava a 100 quilômetros a leste da foz do Rio Mississippi, movendo-se a uma velocidade de 3,2 quilômetros por hora, disse o NHC.

A tempestade pode atingir os litorais de Mississippi, Alabama e Flórida nesta terça-feira com inundações relâmpago e marés de tempestade intensas de até 2,5 metros em certos locais. A velocidade lenta de deslocamento lembra o furacão Harvey, de 2017, que levou vários metros de chuva à área de Houston durante vários dias.

Quase 11.000 casas estão ameaçadas por marés de tempestade nas grandes cidades litorâneas de Alabama e Mississippi, de acordo com estimativas da empresa de dados de propriedades e de análises CoreLogic.

Sandy Stimpson, prefeito de Mobile, no Alabama, alertou os moradores que antevê "uma quantidade enorme de inundações" e disse que a cidade está montando barricadas em cruzamentos que podem ser atingidos pela elevação das águas.

Os governadores do Alabama, Mississippi e Louisiana pediram retiradas de moradores de áreas baixas, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu declarações de emergência para os três estados, o que ajuda com a coordenação do auxílio a desastres.

Portos, escolas e negócios fecharam ao longo da costa. A Guarda Costeira americana restringiu as viagens na parte inferior do Rio Mississippi entre Nova Orleans e o Golfo e interditou os portos de Pascagoula e Gulfport, no Mississippi, e de Mobile.

Empresas de energia protegeram ou fecharam refinarias de petróleo e retiraram funcionários de plataformas marítimas de produção de petróleo e gás. Mais de um quinto da produção de petróleo americana em alto mar foi interrompido.

O Mississippi parece o local mais provável para a chegada do Sally ao continente, mas sua maior ameaça é causar chuvas em uma faixa ampla da Costa do Golfo, chegando a algo entre 7,6 e 10 centímetros mesmo em áreas terrestres distantes como Atlanta, disse Jim Foerster, meteorologista-chefe do DTN, um provedor de dados climáticos de energia, agricultura e clima.

O Sally é a 18ª tempestade batizada do Atlântico neste ano e será a oitava tempestade tropical ou furacão a se abater sobre os Estados Unidos, algo "muito raro, senão um recorde", disse Dan Kottlowski, meteorologista veterano da AccuWeather, observando que dados precisos de tempestades tropicais históricas podem ser difíceis de obter.

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