Fundação privada acusa empresas estatais de Morales de serem pouco rentáveis
Relatório analisa 14 companhias de produção e comercialização de papel, açúcar, cimento, ouro, palmito e outros produtos, nas quais foram investidos US$ 287 milhões
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2011 às 19h51.
La Paz - Segundo um estudo da fundação privada Milênio, apenas uma das 14 empresas estatais criadas por Evo Morales é rentável, além de serem acusadas de falta de transparência.
Os pesquisadores Napoleón Pacheco e Ivan Arias apresentaram em entrevista coletiva em La Paz o relatório "O Estado das Empresas do Estado", que analisa essas 14 companhias de produção e comercialização de papel, açúcar, cimento, ouro, palmito e outros produtos, nas quais foram investidos US$ 287 milhões.
Segundo Arias, a Empresa Boliviana de Amêndoas (EBA) é a única rentável, faturando US$ 3,7 milhões por exportações de castanhas, especialmente para a Europa. Ele acrescentou ainda que a produtora de leite Lacteosbol equilibra seus números, e a Cartonbol, que fabrica papelões, funciona com subvenções.
No mais, não há informação completa sobre seus investimentos, estados financeiros, contratações ou projetos, já que não estão submetidas ao "controle social" exigido pela Constituição, explicou Arias.
De acordo com as estatísticas oficiais, as 14 empresas contam, ao todo, com 1.069 funcionários, mas a Milênio relatou apenas 250. Uma fábrica de derivados de folhas de coca na região central de Chapare tem um orçamento para 40 trabalhadores, mas não há registro deles.
Das 14 empresas analisadas, metade delas está no Chapare, o que para Arias gera a conclusão de que esses empregados são militantes do governo, já que a região abriga grande parte do eleitorado do presidente.
Na Bolívia há mais de 30 empresas estatais, como parte da estratégia de Morales de garantir a presença do estado na economia, incluindo setores estratégicos como petróleo e gás, eletricidade e telecomunicações.
O governo já informou em diversas oportunidades que administra cerca de US$ 14 bilhões em patrimônio empresarial, de maneira que o estado sempre predominará sobre o setor privado.
La Paz - Segundo um estudo da fundação privada Milênio, apenas uma das 14 empresas estatais criadas por Evo Morales é rentável, além de serem acusadas de falta de transparência.
Os pesquisadores Napoleón Pacheco e Ivan Arias apresentaram em entrevista coletiva em La Paz o relatório "O Estado das Empresas do Estado", que analisa essas 14 companhias de produção e comercialização de papel, açúcar, cimento, ouro, palmito e outros produtos, nas quais foram investidos US$ 287 milhões.
Segundo Arias, a Empresa Boliviana de Amêndoas (EBA) é a única rentável, faturando US$ 3,7 milhões por exportações de castanhas, especialmente para a Europa. Ele acrescentou ainda que a produtora de leite Lacteosbol equilibra seus números, e a Cartonbol, que fabrica papelões, funciona com subvenções.
No mais, não há informação completa sobre seus investimentos, estados financeiros, contratações ou projetos, já que não estão submetidas ao "controle social" exigido pela Constituição, explicou Arias.
De acordo com as estatísticas oficiais, as 14 empresas contam, ao todo, com 1.069 funcionários, mas a Milênio relatou apenas 250. Uma fábrica de derivados de folhas de coca na região central de Chapare tem um orçamento para 40 trabalhadores, mas não há registro deles.
Das 14 empresas analisadas, metade delas está no Chapare, o que para Arias gera a conclusão de que esses empregados são militantes do governo, já que a região abriga grande parte do eleitorado do presidente.
Na Bolívia há mais de 30 empresas estatais, como parte da estratégia de Morales de garantir a presença do estado na economia, incluindo setores estratégicos como petróleo e gás, eletricidade e telecomunicações.
O governo já informou em diversas oportunidades que administra cerca de US$ 14 bilhões em patrimônio empresarial, de maneira que o estado sempre predominará sobre o setor privado.