Exame Logo

Fumaça negra após três votações para eleger o novo Papa

Apesar de não ter sido escolhido ainda, é sabido que novo pontífice será um conservador, pois todos os eleitores têm esta visão da Igreja

Fumaça negra sai de chaminé da Capela Sistina: os 115 cardeais eleitores organizaram duas votações inconclusas durante a manhã (Johannes Eisele/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de março de 2013 às 09h50.

Cidade do Vaticano - Uma espessa coluna de fumaça negra saiu nesta quarta-feira às 11H40 de Roma (7H40 de Brasília) da chaminé da Capela Sistina no Vaticano , indicando pela segunda vez ao mundo e às milhares de pessoas reunidas na praça de São Pedro que os cardeais reunidos no conclave ainda não escolheram um novo Papa.

A fumaça negra mostrou que os cardeais reunidos na Capela Sistina ainda não chegaram a um consenso sobre o sucessor de Bento XVI.

Mais de 3.000 pessoas estavam na Praça de São Pedro, sob chuva, para aguardar o anúncio da eleição ou não do novo pontífice.

Os 115 cardeais eleitores organizaram duas votações inconclusas durante a manhã. Eles voltarão a se reunir pela tarde para mais duas votações.

Os cardeais já haviam votado pela primeira vez na tarde de terça-feira, sem que nenhum nome conquistasse os 77 votos necessários para virar o líder espiritual dos 1,2 bilhão de católicos do mundo, como sucessor de Bento XVI, o Papa que renunciou em 28 de fevereiro.

A primeira votação, cujo resultado era previsível, serviu para colocar sobre a mesa os nomes dos favoritos e medir forças.

Os vaticanistas apontam como favoritos um italiano, o arcebispo de Milão Angelo Scola, de 71 anos, e três nomes do continente americano.

Os cotados são o brasileiro Odilo Scherer, 63 anos, arcebispo de São Paulo e considerado o candidato da cúria; o canadense Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos e discípulo de Bento XVI; o americano Timothy Dolan, 63 anos, arcebispo de Nova York.

A fumaça da manhã desta quarta-feira foi resultado de duas votações dos cardeais eleitores, que devem organizar mais dois escrutínios durante a tarde.


Após a sessão da manhã, os participantes seguiram para o almoço na Casa Santa Marta, onde estão hospedados até a eleição do novo bispo de Roma.

Há oito anos, Bento XVI foi eleito no segundo dia do conclave, após a primeira votação da tarde.

Os vaticanistas concordam que este conclave também deve ser curto, mas destacam que a polarização pode deixar a reunião mais longa.

Neste caso poderia entrar em jogo algum nome que não apareceu nas listas de 'papabili', pois um antigo ditado romano repetido por muitos afirma: "Quem entra Papa no conclave sai cardeal".

No último século, no entanto, nenhum conclave superou cinco dias.

A imprensa italiana aposta forte no arcebispo de Milão, ex-patriarca de Veneza e promotor do diálogo religioso, especialmente com o islã, que já contaria com quase 40 votos.

De todos os modos, o novo pontífice será um conservador, pois todos os eleitores, nomeados por João Paulo II e Bento XVI, têm esta visão da Igreja.


Eleição sem luto

A eleição de um Papa - que pela primeira vez em sete séculos não é marcada pelo luto do pontífice anterior - é sempre uma grande atração em Roma e cada fumaça reúne multidões.

Os técnicos do Vaticano prometeram desta vez que, pelo menos a fumaça negra será observada sem dúvidas, ao contrário do que aconteceu em 2005, quando a fumaça que saía pela chaminé começava cinza antes de mudar para outra cor, o que criava confusão.

A imprensa italiana informou que o papa emérito Bento XVI acompanhou o ritual do primeiro dia do conclave pela televisão na residência de Castelgandolfo (25 km ao sul de Roma), onde reside à espera de uma mudança para um mosteiro dentro do Vaticano, a poucos metros do palácio apostólico.

Seu secretário particular, Georg Gänswein, que mantém o cargo de prefeito da Casa Pontifícia, também estará a serviço do novo Papa, algo inédito na história da Igreja e que provoca muitas dúvidas sobre o papel de elo entre dois pontífices.

Quando um candidato alcançar o número de votos necessários para ser eleito e aceitar assumir a responsabilidade, o anúncio será feito com uma fumaça branca acompanhada pelo som dos sinos São Pedro, seguido pelas demais igrejas de Roma.

O novo pontífice escolherá então o nome com o qual governará a Igreja e vestirá pela primeira vez a sotaina branca, antes de ser apresentado a Roma e ao mundo para pronunciar a primeira bênção "Urbi et Orbi" da sacada do Palácio Apostólico.

Veja também

Cidade do Vaticano - Uma espessa coluna de fumaça negra saiu nesta quarta-feira às 11H40 de Roma (7H40 de Brasília) da chaminé da Capela Sistina no Vaticano , indicando pela segunda vez ao mundo e às milhares de pessoas reunidas na praça de São Pedro que os cardeais reunidos no conclave ainda não escolheram um novo Papa.

A fumaça negra mostrou que os cardeais reunidos na Capela Sistina ainda não chegaram a um consenso sobre o sucessor de Bento XVI.

Mais de 3.000 pessoas estavam na Praça de São Pedro, sob chuva, para aguardar o anúncio da eleição ou não do novo pontífice.

Os 115 cardeais eleitores organizaram duas votações inconclusas durante a manhã. Eles voltarão a se reunir pela tarde para mais duas votações.

Os cardeais já haviam votado pela primeira vez na tarde de terça-feira, sem que nenhum nome conquistasse os 77 votos necessários para virar o líder espiritual dos 1,2 bilhão de católicos do mundo, como sucessor de Bento XVI, o Papa que renunciou em 28 de fevereiro.

A primeira votação, cujo resultado era previsível, serviu para colocar sobre a mesa os nomes dos favoritos e medir forças.

Os vaticanistas apontam como favoritos um italiano, o arcebispo de Milão Angelo Scola, de 71 anos, e três nomes do continente americano.

Os cotados são o brasileiro Odilo Scherer, 63 anos, arcebispo de São Paulo e considerado o candidato da cúria; o canadense Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos e discípulo de Bento XVI; o americano Timothy Dolan, 63 anos, arcebispo de Nova York.

A fumaça da manhã desta quarta-feira foi resultado de duas votações dos cardeais eleitores, que devem organizar mais dois escrutínios durante a tarde.


Após a sessão da manhã, os participantes seguiram para o almoço na Casa Santa Marta, onde estão hospedados até a eleição do novo bispo de Roma.

Há oito anos, Bento XVI foi eleito no segundo dia do conclave, após a primeira votação da tarde.

Os vaticanistas concordam que este conclave também deve ser curto, mas destacam que a polarização pode deixar a reunião mais longa.

Neste caso poderia entrar em jogo algum nome que não apareceu nas listas de 'papabili', pois um antigo ditado romano repetido por muitos afirma: "Quem entra Papa no conclave sai cardeal".

No último século, no entanto, nenhum conclave superou cinco dias.

A imprensa italiana aposta forte no arcebispo de Milão, ex-patriarca de Veneza e promotor do diálogo religioso, especialmente com o islã, que já contaria com quase 40 votos.

De todos os modos, o novo pontífice será um conservador, pois todos os eleitores, nomeados por João Paulo II e Bento XVI, têm esta visão da Igreja.


Eleição sem luto

A eleição de um Papa - que pela primeira vez em sete séculos não é marcada pelo luto do pontífice anterior - é sempre uma grande atração em Roma e cada fumaça reúne multidões.

Os técnicos do Vaticano prometeram desta vez que, pelo menos a fumaça negra será observada sem dúvidas, ao contrário do que aconteceu em 2005, quando a fumaça que saía pela chaminé começava cinza antes de mudar para outra cor, o que criava confusão.

A imprensa italiana informou que o papa emérito Bento XVI acompanhou o ritual do primeiro dia do conclave pela televisão na residência de Castelgandolfo (25 km ao sul de Roma), onde reside à espera de uma mudança para um mosteiro dentro do Vaticano, a poucos metros do palácio apostólico.

Seu secretário particular, Georg Gänswein, que mantém o cargo de prefeito da Casa Pontifícia, também estará a serviço do novo Papa, algo inédito na história da Igreja e que provoca muitas dúvidas sobre o papel de elo entre dois pontífices.

Quando um candidato alcançar o número de votos necessários para ser eleito e aceitar assumir a responsabilidade, o anúncio será feito com uma fumaça branca acompanhada pelo som dos sinos São Pedro, seguido pelas demais igrejas de Roma.

O novo pontífice escolherá então o nome com o qual governará a Igreja e vestirá pela primeira vez a sotaina branca, antes de ser apresentado a Roma e ao mundo para pronunciar a primeira bênção "Urbi et Orbi" da sacada do Palácio Apostólico.

Acompanhe tudo sobre:CatólicosIgreja CatólicaPaíses ricosVaticano

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame