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França faz primeiro "show teste" com 5.000 pessoas e máscaras

O show foi um experimento para verificar a possibilidade de realizar mais eventos do tipo. Na França, vacinação foi aberta a todos os adultos

Paris, na França: show para 5.000 pessoas (AFP/AFP)
A

AFP

Publicado em 29 de maio de 2021 às 20h59.

Última atualização em 29 de maio de 2021 às 21h02.

Quase 5.000 pessoas tiveram um encontro marcado neste sábado, 29, em Paris para dançar ao ritmo de um grupo francês que conquistou a fama na década de 1980, em um estudo científico há muito aguardado para um setor especialmente afetado pela pandemia: o de eventos .

O público deste show da banda Indochine não precisou manter distanciamento, mas foi obrigado a usar máscaras e a mostrar um teste negativo de covid-19 antes de ser autorizado a entrar no recinto.

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O show foi um experimento para verificar a possibilidade de realizar mais eventos do tipo. Além das 5.000 pessoas presentes no espetáculo, outras 2.500 ficaram em casa e serão o grupo de controle, de modo a verificar se o vírus se espalhou mais entre as pessoas que de fato foram ao show.

O experimento também tenta identificar se um teste negativo de covid-19 e o uso de máscara são medidas suficientes para barrar a contaminação.

Durante a apresentação, um dos membros do grupo, Nikolas Sirkis, pediu ao público que "fizesse barulho" pelo trabalhadores sanitários, os cientistas e, também, para prestar homenagem "a todos os mortos pela covid".

Essa experiência, que já foi realizada em outras partes da Europa, foi adiada várias vezes na França e acontece em um momento em que a situação de saúde está melhorando e a vacina está prestes a ser oferecida a todos os adultos.

Para além do show da Indochine, que foi um experimento, outros shows são autorizados na França neste momento, mas somente com distância de quatro metros quadrados entre cada pessoa seja respeitada. A regra obrigou o cancelamento de muitos shows porque se tornaram financeiramente insustentáveis.

O público presente em Paris tinha entre 18 e 50 anos e não devia apresentar nenhuma patologia que provoque o risco de morte em caso de infecção, como diabetes ou obesidade grave.

"Há meses que não temos tido shows. Voltar a ver a multidão faz bem, devolve o gosto pela vida", disse Loïs, uma técnica de laboratório de 30 anos, que conseguiu um lugar perto do palco.

Experiências anteriores, na Espanha e no Reino Unido, não mostraram riscos elevados de infecção nestes casos. Mas os resultados encorajadores do primeiro show-teste europeu, realizado em Barcelona em dezembro, são difíceis de extrapolar devido às "rígidas" condições de prevenção que foram impostas, conforme alertou um estudo publicado na sexta-feira.

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