França e Espanha teriam ajudado NSA a espionar
Segundo fontes, registros telefônicos de europeus em zonas de conflito e regiões fora de suas fronteiras foram coletados pelos serviços secretos dos países
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2013 às 16h36.
Duramente criticados pela extensão de suas ações de espionagem contra líderes, empresas e cidadãos de países aliados, os Estados Unidos iniciaram hoje uma contraofensiva e acusaram serviços europeus de espionagem de terem coletado informações e colaborado com a Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA, na sigla em inglês) em alguns casos.
Fontes em Washington asseguraram ao Wall Street Journal nesta terça-feira que algumas das ações de espionagem eletrônica que recentemente causaram alvoroço na França e na Espanha foram executadas pelos próprios serviços de informação desses países, e não pela NSA.
De acordo com as fontes, registros telefônicos de europeus em zonas de conflito e outras regiões fora de suas fronteiras foram coletados pelos serviços secretos desses países e depois compartilhados com a NSA em meio aos esforços para proteger civis e militares norte-americanos e aliados.
A versão norte-americana lança luz sobre a colaboração transatlântica em amplas ações de espionagem. Um porta-voz da Embaixada da França em Washington recusou-se a comentar o assunto. Autoridades espanholas também mantiveram-se em silêncio. A NSA não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
Apesar de expor a colaboração entre os serviços de espionagem dos EUA e da Europa em zonas de guerra e outras regiões do mundo, aparentemente por questões de segurança, essas ações nada têm a ver com a espionagem de líderes políticos de países aliados, como aconteceu recentemente com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, o atual chefe de Estado mexicano, Enrique Peña Nieto, e seu antecessor, Felipe Calderón.
Nos últimos dias, baseados em informações vazadas pelo ex-agente norte-americano Edward Snowden, jornais da França e da Espanha revelaram que a NSA teve acesso a dezenas de milhões de registros telefônicos de cidadãos desses países, o que levou os governos desses países a protestarem formalmente contra os EUA.
Segundo o jornal francês Le Monde, mais de 70 milhões de registros telefônicos de franceses foram coletados pela NSA entre dezembro de 2012 e janeiro deste ano. O espanhol El Mundo, por sua vez, noticiou que a NSA teve acesso aos registros de 60,5 milhões de telefonemas de espanhóis no mesmo período.
As fontes norte-americanas alegam que os dados publicados pelos jornais foram interpretados "erroneamente". Segundo elas, os registros telefônicos foram coletados pelos próprios serviços de espionagem desses países e depois compartilhados com a NSA. As fontes esclareceram que não estão acusando França e Espanha de espionar seus cidadãos dentro de suas fronteiras, já que os dados teriam sido coletados em zonas de guerra e outras regiões fora das fronteiras francesas e espanholas, mas asseguraram que a NSA recebeu os dados diretamente desses serviços de espionagem.
A análise das fontes foi feita com base nos documentos do Le Monde. Sob a costumeira condição de anonimato, elas disseram que as informações do El Mundo parecem ter sido analisadas da mesma maneira "equivocada" percorrido o mesmo caminho.
Duramente criticados pela extensão de suas ações de espionagem contra líderes, empresas e cidadãos de países aliados, os Estados Unidos iniciaram hoje uma contraofensiva e acusaram serviços europeus de espionagem de terem coletado informações e colaborado com a Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA, na sigla em inglês) em alguns casos.
Fontes em Washington asseguraram ao Wall Street Journal nesta terça-feira que algumas das ações de espionagem eletrônica que recentemente causaram alvoroço na França e na Espanha foram executadas pelos próprios serviços de informação desses países, e não pela NSA.
De acordo com as fontes, registros telefônicos de europeus em zonas de conflito e outras regiões fora de suas fronteiras foram coletados pelos serviços secretos desses países e depois compartilhados com a NSA em meio aos esforços para proteger civis e militares norte-americanos e aliados.
A versão norte-americana lança luz sobre a colaboração transatlântica em amplas ações de espionagem. Um porta-voz da Embaixada da França em Washington recusou-se a comentar o assunto. Autoridades espanholas também mantiveram-se em silêncio. A NSA não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
Apesar de expor a colaboração entre os serviços de espionagem dos EUA e da Europa em zonas de guerra e outras regiões do mundo, aparentemente por questões de segurança, essas ações nada têm a ver com a espionagem de líderes políticos de países aliados, como aconteceu recentemente com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, o atual chefe de Estado mexicano, Enrique Peña Nieto, e seu antecessor, Felipe Calderón.
Nos últimos dias, baseados em informações vazadas pelo ex-agente norte-americano Edward Snowden, jornais da França e da Espanha revelaram que a NSA teve acesso a dezenas de milhões de registros telefônicos de cidadãos desses países, o que levou os governos desses países a protestarem formalmente contra os EUA.
Segundo o jornal francês Le Monde, mais de 70 milhões de registros telefônicos de franceses foram coletados pela NSA entre dezembro de 2012 e janeiro deste ano. O espanhol El Mundo, por sua vez, noticiou que a NSA teve acesso aos registros de 60,5 milhões de telefonemas de espanhóis no mesmo período.
As fontes norte-americanas alegam que os dados publicados pelos jornais foram interpretados "erroneamente". Segundo elas, os registros telefônicos foram coletados pelos próprios serviços de espionagem desses países e depois compartilhados com a NSA. As fontes esclareceram que não estão acusando França e Espanha de espionar seus cidadãos dentro de suas fronteiras, já que os dados teriam sido coletados em zonas de guerra e outras regiões fora das fronteiras francesas e espanholas, mas asseguraram que a NSA recebeu os dados diretamente desses serviços de espionagem.
A análise das fontes foi feita com base nos documentos do Le Monde. Sob a costumeira condição de anonimato, elas disseram que as informações do El Mundo parecem ter sido analisadas da mesma maneira "equivocada" percorrido o mesmo caminho.