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França desiste de tirar cidadania de terroristas condenados

Embora fosse uma proposta popular, que daria ao líder socialista uma oportunidade de acenar à direita, a reforma constitucional não obteve apoio necessário

François Hollande: embora fosse uma proposta popular, que daria ao líder socialista uma oportunidade de acenar à direita, a reforma constitucional não obteve apoio necessário (Stephane de Sakutin / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 12h28.

Paris - O presidente da França , François Hollande , descartou nesta quarta-feira os planos de retirar a cidadania francesa de pessoas condenadas por terrorismo , recuando de uma posição firme que havia assumido dias depois dos ataques de novembro em Paris que deixaram 130 mortos.

Embora se tratasse de uma proposta popular entre os eleitores e que daria ao líder socialista uma oportunidade de acenar à direita, a reforma constitucional não obteve o apoio necessário das duas Casas do Parlamento.

Hollande também abandonou a proposta de inserir na Constituição uma série de regras sobre o estado de emergência e culpou a oposição por minar seus planos, embora alguns membros de seu próprio partido também tenham se oposto aos projetos.

"Parte da oposição foi hostil a uma revisão da Constituição. Lamento esta atitude", disse Hollande após uma reunião de gabinete. "Decidi encerrar este debate".

O passo atrás deve prejudicar ainda mais as já poucas chances de Hollande se reeleger em 2017, afirmou Frederic Dabi, do instituto de pesquisa Ifop.

"Isso irá ressuscitar a percepção de um presidente que não é determinado, que carece de autoridade, cuja mão está tremendo", disse Dabi.

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Hollande também abandonou a proposta de inserir na Constituição uma série de regras sobre o estado de emergência e culpou a oposição por minar seus planos, embora alguns membros de seu próprio partido também tenham se oposto aos projetos.

"Parte da oposição foi hostil a uma revisão da Constituição. Lamento esta atitude", disse Hollande após uma reunião de gabinete. "Decidi encerrar este debate".

O passo atrás deve prejudicar ainda mais as já poucas chances de Hollande se reeleger em 2017, afirmou Frederic Dabi, do instituto de pesquisa Ifop.

"Isso irá ressuscitar a percepção de um presidente que não é determinado, que carece de autoridade, cuja mão está tremendo", disse Dabi.

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