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Forças sírias podem ter usado gás sem permissão, diz jornal

As forças sírias haviam pedido ao governo permissão para usar armas químicas nos últimos meses, de acordo com mensagens de rádio interceptadas por alemães


	Homem com máscara de gás na Síria: ataque pode não ter tido a permissão de Bashar al-Assad
 (Bassam Khabieh/Reuters)

Homem com máscara de gás na Síria: ataque pode não ter tido a permissão de Bashar al-Assad (Bassam Khabieh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2013 às 10h48.

Berlim - Forças do governo sírio podem ter feito o ataque com armas químicas perto de Damasco em agosto sem a permissão do presidente Bashar al-Assad, segundo reportagem publicada neste domingo pelo jornal alemão Bild am Sonntag, citando a inteligência alemã.

As forças sírias haviam pedido ao governo permissão para usar armas químicas nos últimos meses, de acordo com mensagens de rádio interceptadas por agentes alemães, mas tal permissão tinha sido sempre negada, diz o jornal.

Assim, segundo agentes de inteligência sugeriram, isso pode significar que Assad talvez não tenha pessoalmente aprovado o ataque perto de Damasco no dia 21 de agosto, no qual estima-se que mais de 1.400 pessoas morreram.

A agência de inteligência alemã não estava disponível para comentar a reportagem.

O Bild diz que a transmissão de rádio foi interceptada por um navio de reconhecimento, que navegava perto da costa síria.

Na semana passada, o chefe da inteligência alemã, Gerhard Schindler, se reuniu de forma confidencial com os comitês de defesa e relações exteriores do Parlamento alemão.

Segundo o Bild, Schindler disse que a guerra civil na Síria poderia continuar por anos. O general Volker Wieker, comandante das Forças Armadas, também em conversa com os legisladores, afirmou que a influência de forças ligadas à al Qaeda tem ficado cada vez mais forte no lado rebelde.

Integrantes do comitê de relacões exteriores presentes durante o relato de Schindler afirmaram à Reuters que o chefe da inteligência havia dito que, apesar de não ter certeza absoluta de que o governo da Síria era o responsável, a agência tinha muita evidência para apontar que sim.

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