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Forças iraquianas tomam do EI mais um bairro de Mosul

A estimativa é de que 1,5 milhão de civis ainda vivam na cidade

Mosul: o EI estaria cometendo vários tipos de atrocidade dentro ao redor de Mosul (Stringer/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de novembro de 2016 às 16h37.

Bagdá - As forças do Iraque conquistaram o bairro de al-Zahra, localizado no subúrbio de Mosul, cidade do norte do país que está sob comando do Estado Islâmico há mais de dois anos. As informações das tropas são de que 90% do distrito está, agora, sob controle das forças governamentais iraquianas, informou a BBC.

Combatentes do Estado Islâmico têm enviado carros e caminhões cheios de explosivos para ataques às linhas de frente das forças iraquianas.

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A resposta do governo do Iraque a esses ataques são mísseis antitanque russos montados sobre Humvees americanos. Esses mísseis Kornet ajudaram a limpar o caminho para o exército iraquiano em Mosul, último grande reduto do Estado Islâmico no país.

Em al-Zahra, antigamente conhecido como o distrito de Saddam Hussein, um ataque aéreo foi ordenado para destruir posições dos jihadistas. "O inimigo está usando snipers, carros-bombas e mísseis direcionados", explicou o Tenente General Abdel-Wahab Al-Saadi.

Em Karama, bairro ao sul de al-Zahra, a resistência do Estado Islâmico foi tão forte que as forças iraquianas que tentavam reconquistar a área tiveram que recuar parcialmente.

Uma autoridade afirmou que "havia um grande número de jihadistas. Era preferível recuar e pensar um novo plano". As forças do governo também dizem ter tomado o controle do bairro de Intisar nesta sexta-feira.

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que o Estado Islâmico executou cerca de 50 de seus próprios integrantes por deserção na última segunda-feira e que 180 funcionários do governo podem ter sido mortos pelo grupo.

A porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos (UNHCR, na sigla em inglês) disse que mais de mil civis foram retirados da cidade de Hamam al-Alil para Tal Afar, possivelmente para serem usados como escudos humanos, e que famílias em Hamam al-Alil foram aconselhadas pelo Estado Islâmico a entregar crianças, especialmente meninos acima dos nove anos, em uma aparente tentativa de recrutá-las como soldados.

Um contingente de 200 mulheres curdas-iranianas se juntaram à luta contra o Estado Islâmico na região de Mosul. Elas se tornaram parte de uma unidade de cerca de 600 soldados alinhados ao Partido da Liberdade do Curdistão.

A ONU afirma que há evidências crescentes de que o Estado Islâmico estaria cometendo vários tipos de atrocidade dentro e ao redor de Mosul.

A estimativa é de que 1,5 milhão de civis ainda vivam na cidade, mesmo com relatos de assassinatos em massa e uso de pessoas como escudos humanos por parte do grupo terrorista. No dia 17 de outubro, o governo iraquiano e as forças curdas iniciaram uma ofensiva junto aos Estados Unidos para expulsar o Estado Islâmico da região.

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