Forças iraquianas tentam cercar Estado Islâmico em Tikrit
No segundo dia da maior ofensiva do Iraque até agora, milhares de soldados iraquianos e milicianos xiitas tentavam sitiar militantes do Estado Islâmico
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2015 às 09h43.
Bagdá - Milhares de soldados iraquianos e milicianos xiitas tentavam sitiar militantes do Estado Islâmico em Tikrit e cidades vizinhas no norte do Iraque nesta terça-feira, no segundo dia da maior ofensiva do Iraque até agora contra um reduto de militantes islâmicos sunitas radicais.
O comandante militar iraniano Qassem Soleimani, que ajudou a coordenar contra-ataques de Bagdá contra o Estado Islâmico desde que esse grupo se apoderou de boa parte do norte do Iraque, em junho, estava supervisionando pelo menos parte da operação, disseram testemunhas à Reuters.
Sua presença na linha de frente é uma evidência da influência do Irã, país vizinho, sobre os combatentes xiitas que foram cruciais para conter o avanço dos militantes sunitas no Iraque.
Em contraste, a coalizão liderada pelos Estados Unidos para ataques aéreos contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria ainda não atuou em Tikrit, disse o Pentágono na segunda-feira, talvez em parte por causa da presença de quadros iranianos de alto escalão na área.
Autoridades militares iraquianas afirmaram que as forças de segurança apoiadas pela milícia xiita conhecida como unidades Hashid Shaabi (Mobilização Popular) estavam avançando gradualmente, e seu progresso estava sendo retardado por bombas colocadas nas estradas e atiradores de elite.
As forças conjuntas ainda não chegaram a Tikrit, mais conhecida como a cidade natal do ex-presidente Saddam Hussein, que foi executado, ou a vizinha cidade de Al-Dour, que as autoridades descrevem como um importante centro dos militantes do Estado Islâmico.
No flanco sul da ofensiva, oficiais do Exército e da polícia disseram que as forças do governo que avançam para o norte, a partir da cidade de Samarra, poderiam lançar um ataque contra Al-Dour na noite desta terça-feira.
Soleimani, chefe da Força Quds da Guarda Revolucionária iraniana, estava dirigindo as operações no flanco oriental de uma aldeia a cerca de 55 quilômetros de Tikrit, chamada Albu Rayash, capturada do Estado Islâmico há dois dias.
Com ele estavam dois dirigentes paramilitares xiitas iraquianos: o líder das unidades Hashid Shaabi, Abu Mahdi al-Mohandis, e Hadi al-Amiri, da Organização Badr, uma poderosa milícia xiita.
"(Soleimani) estava de pé em cima de uma colina apontando com as mãos para as áreas onde o Estado Islâmico ainda está operando", disse uma testemunha que acompanhava as forças de segurança perto de Albu Rayash.
Ofensiva
A ofensiva é a maior operação militar na região de Saladino, no norte de Bagdá, desde meados do ano passado, quando os combatentes do Estado Islâmico mataram centenas de soldados do Exército do Iraque que tinham abandonado a sua base militar de Camp Speicher, nos arredores de Tikrit.
Vários militantes da organização xiita Hashid Shaabi descreveram a campanha desta semana como vingança pelas mortes em Speicher. O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, pediu aos combatentes que protejam os civis em Saladino, uma província muçulmana sunita.
A ofensiva ocorre depois de várias tentativas fracassadas de expulsar os militantes de Tikrit. Desde que o Estado Islâmico declarou um califado no ano passado em territórios sob seu controle no Iraque e na Síria, as forças iraquianas não conseguiram recapturar e controlar nenhuma cidade.
Bagdá - Milhares de soldados iraquianos e milicianos xiitas tentavam sitiar militantes do Estado Islâmico em Tikrit e cidades vizinhas no norte do Iraque nesta terça-feira, no segundo dia da maior ofensiva do Iraque até agora contra um reduto de militantes islâmicos sunitas radicais.
O comandante militar iraniano Qassem Soleimani, que ajudou a coordenar contra-ataques de Bagdá contra o Estado Islâmico desde que esse grupo se apoderou de boa parte do norte do Iraque, em junho, estava supervisionando pelo menos parte da operação, disseram testemunhas à Reuters.
Sua presença na linha de frente é uma evidência da influência do Irã, país vizinho, sobre os combatentes xiitas que foram cruciais para conter o avanço dos militantes sunitas no Iraque.
Em contraste, a coalizão liderada pelos Estados Unidos para ataques aéreos contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria ainda não atuou em Tikrit, disse o Pentágono na segunda-feira, talvez em parte por causa da presença de quadros iranianos de alto escalão na área.
Autoridades militares iraquianas afirmaram que as forças de segurança apoiadas pela milícia xiita conhecida como unidades Hashid Shaabi (Mobilização Popular) estavam avançando gradualmente, e seu progresso estava sendo retardado por bombas colocadas nas estradas e atiradores de elite.
As forças conjuntas ainda não chegaram a Tikrit, mais conhecida como a cidade natal do ex-presidente Saddam Hussein, que foi executado, ou a vizinha cidade de Al-Dour, que as autoridades descrevem como um importante centro dos militantes do Estado Islâmico.
No flanco sul da ofensiva, oficiais do Exército e da polícia disseram que as forças do governo que avançam para o norte, a partir da cidade de Samarra, poderiam lançar um ataque contra Al-Dour na noite desta terça-feira.
Soleimani, chefe da Força Quds da Guarda Revolucionária iraniana, estava dirigindo as operações no flanco oriental de uma aldeia a cerca de 55 quilômetros de Tikrit, chamada Albu Rayash, capturada do Estado Islâmico há dois dias.
Com ele estavam dois dirigentes paramilitares xiitas iraquianos: o líder das unidades Hashid Shaabi, Abu Mahdi al-Mohandis, e Hadi al-Amiri, da Organização Badr, uma poderosa milícia xiita.
"(Soleimani) estava de pé em cima de uma colina apontando com as mãos para as áreas onde o Estado Islâmico ainda está operando", disse uma testemunha que acompanhava as forças de segurança perto de Albu Rayash.
Ofensiva
A ofensiva é a maior operação militar na região de Saladino, no norte de Bagdá, desde meados do ano passado, quando os combatentes do Estado Islâmico mataram centenas de soldados do Exército do Iraque que tinham abandonado a sua base militar de Camp Speicher, nos arredores de Tikrit.
Vários militantes da organização xiita Hashid Shaabi descreveram a campanha desta semana como vingança pelas mortes em Speicher. O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, pediu aos combatentes que protejam os civis em Saladino, uma província muçulmana sunita.
A ofensiva ocorre depois de várias tentativas fracassadas de expulsar os militantes de Tikrit. Desde que o Estado Islâmico declarou um califado no ano passado em territórios sob seu controle no Iraque e na Síria, as forças iraquianas não conseguiram recapturar e controlar nenhuma cidade.