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Foco no EI faz sírios se sentirem abandonados, diz ONU

A população da Síria se sente “cada vez mais abandonada pelo mundo” à medida que a atenção global se volta para os militantes do grupo radical, segundo a ONU

Conflitos na Síria: "nosso foco precisa continuar a ser a melhor maneira de ajudar e apoiar o povo sírio”, disse o secretário-geral da ONU (Zein al-Rifai/AFP)
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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2015 às 17h13.

A população da Síria se sente “cada vez mais abandonada pelo mundo” à medida que a atenção global se volta para os militantes do Estado Islâmico , e a violência e a burocracia governamental atrapalham as tentativas de entregar ajuda humanitária a 12 milhões de pessoas, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas ( ONU ), Ban Ki-moon, na segunda-feira.

Em seu 13º relatório mensal para o Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria, Ban declarou que a falta de responsabilização durante a guerra civil de quatro anos também levou a um aumento nas alegações de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e outros abusos de direitos humanos.

“Enquanto a atenção global se concentra na ameaça à paz e à segurança regional e internacional representada por grupos terroristas como o Estado Islâmico e a Frente Al Nusra (da Al Qaeda), nosso foco precisa continuar a ser a melhor maneira de ajudar e apoiar o povo sírio”, afirmou Ban no relatório, ao qual a Reuters teve acesso.

Ban disse que mais de 220 mil pessoas foram mortas desde que as forças de segurança sírias reprimiram o movimento pró-democracia surgido em 2011, o que desencadeou uma revolta armada.

Cerca de quatro milhões de sírios fugiram do país e 7,6 milhões estão desabrigados. Grupos islâmicos extremistas têm explorado o caos e complicaram os esforços diplomáticos para encerrar o conflito com o Estado Islâmico, que declarou um califado nas porções de território que ocupou na Síria e no Iraque.

Uma aliança liderada pelos Estados Unidos vem atingindo o Estado Islâmico com ataques aéreos nestes dois países há cerca de seis meses.

Ban declarou que o fornecimento de auxílio está se tornando mais desafiador devido “à violência e à insegurança, às linhas de batalha sempre em movimento, à interferência deliberada de participantes do conflito... e aos procedimentos administrativos que restringem a entrega eficiente de ajuda”.

Embora o socorro esteja chegando a vários milhões de pessoas, Ban disse que a situação de cerca de 4,8 milhões delas em áreas de difícil acesso, especialmente as 212 mil pessoas em áreas sitiadas, é “uma grande preocupação”, que hospitais e escolas estão sendo atacados e que o financiamento internacional de ajuda não tem estado à altura das necessidades.

A ONU busca aproximadamente 8,4 bilhões de dólares para atender as demandas humanitárias do conflito sírio em 2015, e só obteve cerca de metade dos fundos que solicitou em 2014. Ban afirmou que uma conferência para pedir esse auxílio no Kuwait no dia 31 de março será crucial.

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A população da Síria se sente “cada vez mais abandonada pelo mundo” à medida que a atenção global se volta para os militantes do Estado Islâmico , e a violência e a burocracia governamental atrapalham as tentativas de entregar ajuda humanitária a 12 milhões de pessoas, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas ( ONU ), Ban Ki-moon, na segunda-feira.

Em seu 13º relatório mensal para o Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria, Ban declarou que a falta de responsabilização durante a guerra civil de quatro anos também levou a um aumento nas alegações de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e outros abusos de direitos humanos.

“Enquanto a atenção global se concentra na ameaça à paz e à segurança regional e internacional representada por grupos terroristas como o Estado Islâmico e a Frente Al Nusra (da Al Qaeda), nosso foco precisa continuar a ser a melhor maneira de ajudar e apoiar o povo sírio”, afirmou Ban no relatório, ao qual a Reuters teve acesso.

Ban disse que mais de 220 mil pessoas foram mortas desde que as forças de segurança sírias reprimiram o movimento pró-democracia surgido em 2011, o que desencadeou uma revolta armada.

Cerca de quatro milhões de sírios fugiram do país e 7,6 milhões estão desabrigados. Grupos islâmicos extremistas têm explorado o caos e complicaram os esforços diplomáticos para encerrar o conflito com o Estado Islâmico, que declarou um califado nas porções de território que ocupou na Síria e no Iraque.

Uma aliança liderada pelos Estados Unidos vem atingindo o Estado Islâmico com ataques aéreos nestes dois países há cerca de seis meses.

Ban declarou que o fornecimento de auxílio está se tornando mais desafiador devido “à violência e à insegurança, às linhas de batalha sempre em movimento, à interferência deliberada de participantes do conflito... e aos procedimentos administrativos que restringem a entrega eficiente de ajuda”.

Embora o socorro esteja chegando a vários milhões de pessoas, Ban disse que a situação de cerca de 4,8 milhões delas em áreas de difícil acesso, especialmente as 212 mil pessoas em áreas sitiadas, é “uma grande preocupação”, que hospitais e escolas estão sendo atacados e que o financiamento internacional de ajuda não tem estado à altura das necessidades.

A ONU busca aproximadamente 8,4 bilhões de dólares para atender as demandas humanitárias do conflito sírio em 2015, e só obteve cerca de metade dos fundos que solicitou em 2014. Ban afirmou que uma conferência para pedir esse auxílio no Kuwait no dia 31 de março será crucial.

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