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FMI prevê crescimento global de 4,5% em 2012, apesar de incertezas

Organização observa que as economias ricas já crescem mais que o esperado

O diretor-geral do FMI, Strauss-Kahn: em 2010, economia mundial cresceu 5% (Chung Sung-Jun/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2011 às 12h33.

Washington - O clima de incerteza gerado em todo o planeta pelo terremoto do Japão, as revoltas nos países árabes e as crises na Europa, entre outros fatores, não deverão impedir um crescimento mundial de 4,4% neste ano e de 4,5% em 2012, previu nesta segunda-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O último relatório das "Perspectivas Econômicas Mundiais" da organização constatou novamente que o mundo segue crescendo em duas velocidades, embora cada vez mais próximas.

A organização observa que as economias ricas já crescem mais que o esperado, levando a previsão para 2012 a ser elevada em um décimo, para 2,6%, enquanto as emergentes, com riscos de superaquecimento, crescerão 6,5% no próximo ano, mesmo número antecipado em janeiro.

A economia mundial, que no ano passado cresceu 5%, entrou em 2011 no segundo ano de evolução positiva após a crise financeira, e embora ainda sofra com um alto desemprego e um excesso de gastos públicos em muitos países, alguns dos riscos alertados em janeiro diminuíram de intensidade.

No entanto, adverte o Fundo, surgiram outros fatores que, sem ter um impacto forte no crescimento, poderiam criar tensões sociais, como ocorreu no Oriente Médio com a alta nos preços dos alimentos.

O FMI reconhece que esta elevação "representa uma ameaça para as famílias pobres e exacerba as tensões socioeconômicas, particularmente no Oriente Médio e no Norte da África".

O Fundo reconhece estar vigiando de perto a propagação das revoltas sociais, que por enquanto estão elevando o prêmio de risco da dívida soberana, freando o turismo e reduzindo os investimentos estrangeiros dos países afetados.

A região crescerá neste ano 4,1%, um décimo a menos que o projetado faz há seis meses, embora o Fundo tenha corrigido amplamente as previsões para o Egito, cuja economia crescerá 1% em 2011, e a Tunísia (1,3%).

Outro fator que será acompanhado com atenção é a alta do preço do petróleo, mas os analistas da organização apontam que, pelas informações que têm até o momento, "os transtornos ocorridos até agora terão apenas efeitos mínimos sobre a atividade econômica".

Sobre o devastador terremoto e posterior tsunami que atingiu o Japão em 11 de março, o Fundo disse que seu "impacto macroeconômico projetado é limitado", embora reconheça que as "projeções estão cercadas de grande incerteza". De fato, o FMI elevou em três décimos as expectativas de crescimento do Japão para 2012 - 2,1% -, embora a deste ano tenha sido rebaixada em dois décimos, para 1,4%.

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Washington - O clima de incerteza gerado em todo o planeta pelo terremoto do Japão, as revoltas nos países árabes e as crises na Europa, entre outros fatores, não deverão impedir um crescimento mundial de 4,4% neste ano e de 4,5% em 2012, previu nesta segunda-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O último relatório das "Perspectivas Econômicas Mundiais" da organização constatou novamente que o mundo segue crescendo em duas velocidades, embora cada vez mais próximas.

A organização observa que as economias ricas já crescem mais que o esperado, levando a previsão para 2012 a ser elevada em um décimo, para 2,6%, enquanto as emergentes, com riscos de superaquecimento, crescerão 6,5% no próximo ano, mesmo número antecipado em janeiro.

A economia mundial, que no ano passado cresceu 5%, entrou em 2011 no segundo ano de evolução positiva após a crise financeira, e embora ainda sofra com um alto desemprego e um excesso de gastos públicos em muitos países, alguns dos riscos alertados em janeiro diminuíram de intensidade.

No entanto, adverte o Fundo, surgiram outros fatores que, sem ter um impacto forte no crescimento, poderiam criar tensões sociais, como ocorreu no Oriente Médio com a alta nos preços dos alimentos.

O FMI reconhece que esta elevação "representa uma ameaça para as famílias pobres e exacerba as tensões socioeconômicas, particularmente no Oriente Médio e no Norte da África".

O Fundo reconhece estar vigiando de perto a propagação das revoltas sociais, que por enquanto estão elevando o prêmio de risco da dívida soberana, freando o turismo e reduzindo os investimentos estrangeiros dos países afetados.

A região crescerá neste ano 4,1%, um décimo a menos que o projetado faz há seis meses, embora o Fundo tenha corrigido amplamente as previsões para o Egito, cuja economia crescerá 1% em 2011, e a Tunísia (1,3%).

Outro fator que será acompanhado com atenção é a alta do preço do petróleo, mas os analistas da organização apontam que, pelas informações que têm até o momento, "os transtornos ocorridos até agora terão apenas efeitos mínimos sobre a atividade econômica".

Sobre o devastador terremoto e posterior tsunami que atingiu o Japão em 11 de março, o Fundo disse que seu "impacto macroeconômico projetado é limitado", embora reconheça que as "projeções estão cercadas de grande incerteza". De fato, o FMI elevou em três décimos as expectativas de crescimento do Japão para 2012 - 2,1% -, embora a deste ano tenha sido rebaixada em dois décimos, para 1,4%.

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