FMI aprova maior poder de voto para emergentes
O Fundo Monetário Internacional aprovou reformas que irão transferir um poder de voto maior a países emergentes
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2010 às 07h45.
Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse na quinta-feira que seu conselho aprovou reformas que irão transferir um poder de voto maior a países emergentes.
"Isso resultará em uma transferência de mais de 6 por cento das parcelas de voto para países emergentes dinâmicos e em desenvolvimento, e mais 6 por cento de países representados demais para os menos representados", disse o FMI em comunicado.
Ter poder de voto no credor mundial é importante porque dá aos países a chance de influenciar decisões sobre como usar o capital do Fundo, composto de contribuições de seus membros.
O FMI afirmou que os 10 membros com a maior parcela de voto no futuro serão Estados Unidos, Japão e as economias emergentes China, Brasil, Índia e Rússia, assim como França, Alemanha, Itália e Grã-Bretanha.
Ao dar mais poder de voto a nações emergentes, "essa reforma resultará em um Fundo que reflete melhor as realidades", disse o FMI.
As economias emergentes já vinham ganhando mais espaço no FMI ao longo dos últimos cinco anos, mas essa transferência de poder de voto significa uma ampla reforma na ordem econômica global estabelecida quando o FMI foi criado, após a Segunda Guerra Mundial.
De acordo com o FMI, as mudanças fortalecerão a "legitimidade e a efetividade" da instituição.
As mudanças também dobrarão as contribuições de países-membros ao FMI, aumentando os recursos em cerca de 733,9 bilhões de dólares nas atuais taxas de câmbio.
O próximo passo é que os Estados aceitem dar contribuições maiores --algo que, em alguns casos, exigirá aprovação parlamentar.
O FMI disse que seus membros "farão os melhores esforços para completar isso" até outubro de 2012.
"Eu peço que todos os nossos membros procedem rápido com as medidas exigidas para implementar esse pacote dentro do prazo acordado", declarou o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn.