Financial Times critica falta de debates econômicos dos presidenciáveis
Jornal inglês salienta que a posição econômica que o Brasil ocupa atualmente não condiz com as discussões econômicas apresentadas pelos presidenciáveis
Diogo Max
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.
São Paulo - O jornal Financial Times trouxe nesta terça-feira um editorial no qual critica a falta de debate sobre os desafios da economia brasileira por parte dos presidenciáveis. "Para o Brasil, o segundo turno poderá ser algo bom. Poderá forçar os candidatos a levantarem questões, das quais eles mesmos têm preferido fugir", diz o periódico inglês.
Segundo o Financial Times, o País fez grandes progressos sob os governo de Lula e Fernando Henrique Cardoso. A publicação cita, como exemplo, o aumento de quase 80% do PIB per capita desde 1994. "Mas desafios significantes permanecem", alerta o editorial.
Para os ingleses, os candidatos brasileiros precisam colocar em pauta dois problemas econômicos: o equilíbrio orçamentário e o "tão chamado" custo Brasil.
"O primeiro exige aumento de receitas cada vez maior para atender a crescente despesa pública. O segundo, o custo de fazer negócios no Brasil, se reflete na posição triste que o País ocupa no relatório 'Doing Business' do Banco Mundial. Entre 183 países, o Brasil ocupa 129 posição", comenta o Financial Times.
O jornal salienta que o Brasil já estabeleceu sua presença no mundo - tanto que é a oitava maior economia. "Como tal, o País merece elevados padrões de debate, diferente do que os seus candidatos presidenciais têm oferecido até agora", conclui.
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