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Fidel Castro recebeu agentes cubanos libertados nos EUA

Além do texto, o jornal oficial Granma publicou 13 fotografias do encontro, que durou cinco horas

O líder cubano Fidel Castro é visto ao lado de membro do grupo "Cuban Five", em Havana, 2 de março de 2015 (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2015 às 16h34.

Havana - O líder cubano Fidel Castro recebeu no sábado em sua casa os cinco agentes cubanos condenados nos Estados Unidos por espionagem - dois deles cumpriram penas e três foram trocados por um espião -, segundo um texto publicado nesta segunda-feira.

"Eu os recebi no sábado, 28 de fevereiro, 73 dias depois de terem pisado em terra cubana e fui feliz durante horas ouvindo relatos maravilhosos de heroísmo do grupo", escreveu Castro, que recebeu os agentes em sua residência, na zona oeste de Havana.

Além do texto, o jornal oficial Granma publicou 13 fotografias do encontro, que durou cinco horas. Fidel Castro, muito magro, aparece nas imagens com uma roupa esportiva azul e camisa branca.

Em todas as fotografias, Castro, 88 anos, afastado da vida pública desde 2006, aparece sentado. Em algumas imagens aparecem sua companheira, Dalia Soto del Valle, e o sobrinho, o coronel Alejandro Castro Espín, filho do presidente Raúl Castro.

O 'pai da revolução cubana' reiterou que Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, René González e Antonio Guerrero "nunca provocaram qualquer dano aos Estados Unidos", pois apenas "tentavam prevenir e impedir os atos terroristas contra a ilha" espionando grupos anticastristas.

"A inteligência cubana não precisava em absoluto acompanhar os movimentos de uma única equipe militar dos Estados Unidos, porque podia observar do espaço tudo o que se movia sobre nosso planeta através da Base (russa) de Exploração Radioeletrônica 'Lourdes', ao sul da capital de Cuba", explicou.

Indicou que esta antiga base soviética de rádio-escuta, fechada em 2001 pelo presidente russo Vladimir Putin, "era capaz de detectar qualquer objeto que se movesse a milhares de quilômetros de nosso país".

Castro destacou que os agentes foram vítimas de uma "caçada desumana", na qual participaram os próprios organismos de investigação (americanos), e que foram condenados a uma "prisão brutal por juízes venais".

Além disso, criticou as duras condições de prisão que enfrentaram "ao respirar o ar úmido, fedorento e repugnante dos porões de uma prisão ianque".

No texto, Fidel Castro explica que demorou a receber os agentes porque "o principal em sua chegada era saudar seus familiares, amigos e o povo, sem descuidar por um minuto da saúde e o rigoroso exame médico".

"Os cinco", como são conhecidos em Havana, foram detidos em 1998 ao lado de 14 pessoas acusadas de integrar a "Rede Avispa", considerado o maior grupo de espiões cubanos detectados em operações nos Estados Unidos.

René e Fernando González foram libertados ao fim de sua condenação. Hernández, Guerrero e Labañino chegaram a Cuba em 17 de dezembro de 2014, depois do histórico anúncio de Raúl Castro e do presidente americano, Barack Obama, de restabelecer as relações entre os dois países, após mais de meio século de ruptura.

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Havana - O líder cubano Fidel Castro recebeu no sábado em sua casa os cinco agentes cubanos condenados nos Estados Unidos por espionagem - dois deles cumpriram penas e três foram trocados por um espião -, segundo um texto publicado nesta segunda-feira.

"Eu os recebi no sábado, 28 de fevereiro, 73 dias depois de terem pisado em terra cubana e fui feliz durante horas ouvindo relatos maravilhosos de heroísmo do grupo", escreveu Castro, que recebeu os agentes em sua residência, na zona oeste de Havana.

Além do texto, o jornal oficial Granma publicou 13 fotografias do encontro, que durou cinco horas. Fidel Castro, muito magro, aparece nas imagens com uma roupa esportiva azul e camisa branca.

Em todas as fotografias, Castro, 88 anos, afastado da vida pública desde 2006, aparece sentado. Em algumas imagens aparecem sua companheira, Dalia Soto del Valle, e o sobrinho, o coronel Alejandro Castro Espín, filho do presidente Raúl Castro.

O 'pai da revolução cubana' reiterou que Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, René González e Antonio Guerrero "nunca provocaram qualquer dano aos Estados Unidos", pois apenas "tentavam prevenir e impedir os atos terroristas contra a ilha" espionando grupos anticastristas.

"A inteligência cubana não precisava em absoluto acompanhar os movimentos de uma única equipe militar dos Estados Unidos, porque podia observar do espaço tudo o que se movia sobre nosso planeta através da Base (russa) de Exploração Radioeletrônica 'Lourdes', ao sul da capital de Cuba", explicou.

Indicou que esta antiga base soviética de rádio-escuta, fechada em 2001 pelo presidente russo Vladimir Putin, "era capaz de detectar qualquer objeto que se movesse a milhares de quilômetros de nosso país".

Castro destacou que os agentes foram vítimas de uma "caçada desumana", na qual participaram os próprios organismos de investigação (americanos), e que foram condenados a uma "prisão brutal por juízes venais".

Além disso, criticou as duras condições de prisão que enfrentaram "ao respirar o ar úmido, fedorento e repugnante dos porões de uma prisão ianque".

No texto, Fidel Castro explica que demorou a receber os agentes porque "o principal em sua chegada era saudar seus familiares, amigos e o povo, sem descuidar por um minuto da saúde e o rigoroso exame médico".

"Os cinco", como são conhecidos em Havana, foram detidos em 1998 ao lado de 14 pessoas acusadas de integrar a "Rede Avispa", considerado o maior grupo de espiões cubanos detectados em operações nos Estados Unidos.

René e Fernando González foram libertados ao fim de sua condenação. Hernández, Guerrero e Labañino chegaram a Cuba em 17 de dezembro de 2014, depois do histórico anúncio de Raúl Castro e do presidente americano, Barack Obama, de restabelecer as relações entre os dois países, após mais de meio século de ruptura.

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