Favorita, Cristina Kirchner encerra campanha pedindo união nacional
Vestida de luto, recebida por vários servidores e simpatizantes, a chefe de Estado se emocionou ao mencionar seu falecido marido e antecessor no cargo, Néstor Kirchner
Da Redação
Publicado em 19 de outubro de 2011 às 22h25.
Buenos Aires - A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, cuja reeleição no primeiro turno da disputa presidencial de domingo é considerada certa pelas pesquisas, pediu união nacional nesta quarta-feira e apostou na integração sul-americana ao encerrar sua campanha política em um teatro de Buenos Aires.
'Esta convocação para trabalhar por uma Argentina diferente é o ponto de unidade para superar diferenças sem perder a identidade', declarou Cristina no Teatro Coliseu da capital argentina, faltando apenas quatro dias para as eleições gerais no país, que também elegerá novos membros para o Parlamento.
Vestida de luto, recebida por vários servidores públicos e simpatizantes, a chefe de Estado se emocionou ao mencionar seu falecido marido e antecessor no cargo, Néstor Kirchner, que governou a Argentina de 2003 a 2007 e morreu no dia 27 de outubro de 2010 de parada cardíaca.
'Peço a todos os que têm responsabilidades institucionais que deixemos de lado as questões menores', exclamou a líder, que solicitou atitudes inteligentes e autocrítica aos dirigentes.
Enquanto isso, ela era ouvida atentamente por membros do Gabinete, governadores, legisladores, dirigentes sindicais, artistas e líderes de organizações humanitárias, como Estela de Carlotto, das Avós da Praça de Maio, e Hebe de Bonafini, das Mães da Praça de Maio.
Estavam sentados na primeira fila seus filhos, Máximo e Florencia. Às lágrimas, Cristina agradeceu a eles. 'Sem eles, não teria sido possível seguir adiante (depois da morte de Néstor Kirchner)'.
A presidente - que concorre pela Frente para a Vitória, do Partido Justicialista (Peronista) - renovou suas críticas à imprensa nacional, que não reflete 'a Argentina real', pediu ao povo que lute pela igualdade social e reivindicou cooperação do Parlamento 'nas políticas que contribuíram para a distribuição de renda e a geração de empregos'.
Ela lembrou ainda o momento 'complexo, difícil e turbulento' que o mundo atravessa, com uma crise econômica 'que parece não ter fim', e avaliou o processo de integração sul-americana atual.
'Uma das conquistas mais importantes é a decisão definitiva de pertencer a esta América do Sul', destacou Cristina, qualificando a região como 'rica em alimentos, água e recursos naturais'. 'Vamos defendê-la com integração'.
A governante ressaltou ainda a determinação de países de diferentes visões políticas de priorizar a integração e parabenizou seu candidato a vice-presidente, o ministro da Economia argentino, Amado Boudou, pela postura na reunião do G20 da semana passada em Paris ao defender 'as políticas que muitas vezes (os países desenvolvidos) quiseram mudar'.
O comício fez parte da sequência de atividades realizadas nesta semana pelos sete candidatos à Presidência argentina para o encerramento de suas campanhas eleitorais, entre eles, o socialista Hermes Binner, apontado em segundo lugar nas pesquisas de opinião.
'Temos algo que não se compra nem se vende: o entusiasmo. Queremos ser Governo na Argentina para construir um amanhã melhor', declarou Binner no último ato eleitoral que celebrou em Buenos Aires.
Ele, que é governador da província de Santa Fé, onde encerrará a campanha nesta quinta-feira, afirmou que o Governo só demonstra preocupação com o âmbito econômico. '(A Argentina) merece uma realidade melhor, onde não se separe o econômico do social, onde o desenvolvimento integre ambos'.
Também encerrou nesta quarta-feira a campanha em Buenos Aires o candidato Alberto Rodríguez Saá, de uma facção do peronismo dissidente. Ele enfatizou a importância de se preocupar com 'os trabalhadores e uma economia séria'.
Por sua vez, o radical Ricardo Alfonsín, filho do ex-presidente Raúl Alfonsín (que governou de 1983 a 1989), terminará sua campanha nesta quinta-feira, com uma caravana por Buenos Aires. Já o ex-presidente Eduardo Duhalde (no poder entre 2002 e 2003), outro dos candidatos do peronismo dissidente, prevê realizar um ato nos arredores da capital argentina nesta quinta. EFE
Buenos Aires - A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, cuja reeleição no primeiro turno da disputa presidencial de domingo é considerada certa pelas pesquisas, pediu união nacional nesta quarta-feira e apostou na integração sul-americana ao encerrar sua campanha política em um teatro de Buenos Aires.
'Esta convocação para trabalhar por uma Argentina diferente é o ponto de unidade para superar diferenças sem perder a identidade', declarou Cristina no Teatro Coliseu da capital argentina, faltando apenas quatro dias para as eleições gerais no país, que também elegerá novos membros para o Parlamento.
Vestida de luto, recebida por vários servidores públicos e simpatizantes, a chefe de Estado se emocionou ao mencionar seu falecido marido e antecessor no cargo, Néstor Kirchner, que governou a Argentina de 2003 a 2007 e morreu no dia 27 de outubro de 2010 de parada cardíaca.
'Peço a todos os que têm responsabilidades institucionais que deixemos de lado as questões menores', exclamou a líder, que solicitou atitudes inteligentes e autocrítica aos dirigentes.
Enquanto isso, ela era ouvida atentamente por membros do Gabinete, governadores, legisladores, dirigentes sindicais, artistas e líderes de organizações humanitárias, como Estela de Carlotto, das Avós da Praça de Maio, e Hebe de Bonafini, das Mães da Praça de Maio.
Estavam sentados na primeira fila seus filhos, Máximo e Florencia. Às lágrimas, Cristina agradeceu a eles. 'Sem eles, não teria sido possível seguir adiante (depois da morte de Néstor Kirchner)'.
A presidente - que concorre pela Frente para a Vitória, do Partido Justicialista (Peronista) - renovou suas críticas à imprensa nacional, que não reflete 'a Argentina real', pediu ao povo que lute pela igualdade social e reivindicou cooperação do Parlamento 'nas políticas que contribuíram para a distribuição de renda e a geração de empregos'.
Ela lembrou ainda o momento 'complexo, difícil e turbulento' que o mundo atravessa, com uma crise econômica 'que parece não ter fim', e avaliou o processo de integração sul-americana atual.
'Uma das conquistas mais importantes é a decisão definitiva de pertencer a esta América do Sul', destacou Cristina, qualificando a região como 'rica em alimentos, água e recursos naturais'. 'Vamos defendê-la com integração'.
A governante ressaltou ainda a determinação de países de diferentes visões políticas de priorizar a integração e parabenizou seu candidato a vice-presidente, o ministro da Economia argentino, Amado Boudou, pela postura na reunião do G20 da semana passada em Paris ao defender 'as políticas que muitas vezes (os países desenvolvidos) quiseram mudar'.
O comício fez parte da sequência de atividades realizadas nesta semana pelos sete candidatos à Presidência argentina para o encerramento de suas campanhas eleitorais, entre eles, o socialista Hermes Binner, apontado em segundo lugar nas pesquisas de opinião.
'Temos algo que não se compra nem se vende: o entusiasmo. Queremos ser Governo na Argentina para construir um amanhã melhor', declarou Binner no último ato eleitoral que celebrou em Buenos Aires.
Ele, que é governador da província de Santa Fé, onde encerrará a campanha nesta quinta-feira, afirmou que o Governo só demonstra preocupação com o âmbito econômico. '(A Argentina) merece uma realidade melhor, onde não se separe o econômico do social, onde o desenvolvimento integre ambos'.
Também encerrou nesta quarta-feira a campanha em Buenos Aires o candidato Alberto Rodríguez Saá, de uma facção do peronismo dissidente. Ele enfatizou a importância de se preocupar com 'os trabalhadores e uma economia séria'.
Por sua vez, o radical Ricardo Alfonsín, filho do ex-presidente Raúl Alfonsín (que governou de 1983 a 1989), terminará sua campanha nesta quinta-feira, com uma caravana por Buenos Aires. Já o ex-presidente Eduardo Duhalde (no poder entre 2002 e 2003), outro dos candidatos do peronismo dissidente, prevê realizar um ato nos arredores da capital argentina nesta quinta. EFE