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FAO: preços dos alimentos continuarão altos até 2012

Segundo relatório da organização, há uma forte queda nos estoques e pouco aumento na produção de cultivos

Apesar de ter atingido níveis altos no início do ano, os preços dos alimentos caíram 1% em maio puxados pela queda nos valores dos cereais (Zandland/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 12h10.

Roma - Os preços dos produtos básicos agrícolas permanecerão altos e voláteis até 2012, segundo a última análise divulgada nesta terça-feira em Roma pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

O relatório "Perspectivas Alimentares" cita "a forte queda dos estoques frente a um modesto aumento da produção geral na maioria dos cultivos".

"Os próximos meses serão cruciais para determinar a forma com a qual os principais cultivos se comportarão este ano", afirmam os especialistas consultados pela FAO.

As perspectivas são "promissoras" em alguns países, como na Rússia e na Ucrânia, apesar de as condições meteorológicas em outros países poderem prejudicar os rendimentos do milho e do trigo tanto na Europa como na América do Norte.

"A situação geral dos cultivos agrícolas e dos produtos alimentícios é de tensão, com os preços mundiais em níveis obstinadamente altos, o que supõe uma ameaça para muitos países de baixa renda e com déficit de alimentos", denunciou David Hallam, diretor da Divisão de Comércio e Mercados da FAO.

Os preços internacionais dos alimentos, que no início do ano subiram bruscamente até os níveis alcançados na crise alimentar de 2007-2008, caíram 1% em maio, segundo os índices da entidade internacional, cuja sede central está localizada em Roma.

As quedas dos preços dos cereais e do açúcar foram responsáveis pela leve baixa do índice de maio, compensando os aumentos nos preços da carne e dos laticínios, observam os especialistas.


As perspectivas atuais para os cereais em 2011 apontam a uma colheita recorde de 2,315 bilhões de toneladas, com um aumento de 3,5% em relação a 2010.

Para a FAO, espera-se que a produção mundial de trigo fique 3,2% acima da reduzida colheita do ano passado.

As perspectivas preliminares para a produção mundial de arroz apontam também a uma colheita recorde de 463,8 milhões de toneladas, com um aumento de 2% em relação ao ano passado.

As reservas mundiais de cereais ficaram no fim da safra agrícola de 2012 em 494 milhões de toneladas, com uma alta de apenas 2% em relação aos níveis iniciais muito baixos.

Segundo o relatório, o equilíbrio mundial de oferta e demanda de açúcar aponta para algumas melhoras sustentadas pela previsão de uma grande produção em 2010/2011, que possivelmente deverá superar o consumo pela primeira vez desde 2007/2008.

O índice internacional para o preço da carne alcançou um novo recorde com 183 pontos em maio de 2011 e a combinação de uma forte demanda importadora e uma disponibilidade limitada para a exportação apontavam a uma maior firmeza nos preços durante os próximos meses.

O mercado de peixes recuperou-se este ano e a produção em 2011 aproxima-se de um novo recorde, mas os preços se verão impulsionados por uma forte demanda por parte dos países em desenvolvimento.

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Roma - Os preços dos produtos básicos agrícolas permanecerão altos e voláteis até 2012, segundo a última análise divulgada nesta terça-feira em Roma pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

O relatório "Perspectivas Alimentares" cita "a forte queda dos estoques frente a um modesto aumento da produção geral na maioria dos cultivos".

"Os próximos meses serão cruciais para determinar a forma com a qual os principais cultivos se comportarão este ano", afirmam os especialistas consultados pela FAO.

As perspectivas são "promissoras" em alguns países, como na Rússia e na Ucrânia, apesar de as condições meteorológicas em outros países poderem prejudicar os rendimentos do milho e do trigo tanto na Europa como na América do Norte.

"A situação geral dos cultivos agrícolas e dos produtos alimentícios é de tensão, com os preços mundiais em níveis obstinadamente altos, o que supõe uma ameaça para muitos países de baixa renda e com déficit de alimentos", denunciou David Hallam, diretor da Divisão de Comércio e Mercados da FAO.

Os preços internacionais dos alimentos, que no início do ano subiram bruscamente até os níveis alcançados na crise alimentar de 2007-2008, caíram 1% em maio, segundo os índices da entidade internacional, cuja sede central está localizada em Roma.

As quedas dos preços dos cereais e do açúcar foram responsáveis pela leve baixa do índice de maio, compensando os aumentos nos preços da carne e dos laticínios, observam os especialistas.


As perspectivas atuais para os cereais em 2011 apontam a uma colheita recorde de 2,315 bilhões de toneladas, com um aumento de 3,5% em relação a 2010.

Para a FAO, espera-se que a produção mundial de trigo fique 3,2% acima da reduzida colheita do ano passado.

As perspectivas preliminares para a produção mundial de arroz apontam também a uma colheita recorde de 463,8 milhões de toneladas, com um aumento de 2% em relação ao ano passado.

As reservas mundiais de cereais ficaram no fim da safra agrícola de 2012 em 494 milhões de toneladas, com uma alta de apenas 2% em relação aos níveis iniciais muito baixos.

Segundo o relatório, o equilíbrio mundial de oferta e demanda de açúcar aponta para algumas melhoras sustentadas pela previsão de uma grande produção em 2010/2011, que possivelmente deverá superar o consumo pela primeira vez desde 2007/2008.

O índice internacional para o preço da carne alcançou um novo recorde com 183 pontos em maio de 2011 e a combinação de uma forte demanda importadora e uma disponibilidade limitada para a exportação apontavam a uma maior firmeza nos preços durante os próximos meses.

O mercado de peixes recuperou-se este ano e a produção em 2011 aproxima-se de um novo recorde, mas os preços se verão impulsionados por uma forte demanda por parte dos países em desenvolvimento.

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