Famílias de soldados representam o melhor dos EUA, diz Obama
O presidente dos Estados Unidos disse que as famílias dos soldados mortos em conflitos "representam o melhor" do país
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2016 às 16h56.
Washington - O presidente dos Estados Unidos , Barack Obama , afirmou nesta segunda-feira que as famílias dos soldados mortos em conflitos "representam o melhor" do país, em alusão às recentes críticas do candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, contra os pais de um militar muçulmano morto no Iraque.
"Ninguém deu mais por nossa liberdade e segurança que nossas famílias de estrela dourada", como se conhece no país as famílias com filhos mortos em guerras, afirmou o presidente em discurso pronunciado em Atlanta durante a 92ª Convenção de Veteranos Americanos Incapacitados.
Sem mencionar Trump, Obama se referiu assim à polêmica gerada este fim de semana pelo magnata após insultar Khizr e Ghazala Khan, emigrantes paquistaneses e pais do capitão do exército americano Humayun, morto por um carro-bomba em 2004 no Iraque.
O presidente americano ressaltou que famílias como a do capitão Humayun Khan constituem "uma poderosa lembrança da verdadeira força dos EUA.".
"Nossas famílias de estrela dourada fizeram sacrifícios que a maioria de nós nem sequer podemos imaginar", salientou.
"Devemos fazer tudo o que podemos por essas famílias e honrá-los e sentir-nos honrados por elas", acrescentou Obama.
Trump ganhou as críticas de grande parte da cúpula de seu partido e das famílias de militares ao confrontar os pais de Khan, que discursaram na semana passada na Convenção Nacional Democrata, que nomeou Hillary Clinton como candidata presidencial do partido.
Em uma entrevista à emissora "ABC News" neste final de semana, o empresário dos cassinos declarou que quando o pai do militar, acompanhado de sua esposa, disse que ele não tinha sacrificado nada em comparação com seu filho morto, se equivocava porque tinha trabalhado "muito duro" e criado "milhares de empregos".
A analogia entre um herói de guerra, que morreu após afastar seus comandados do perigo, e um magnata que evitou ir à guerra do Vietnã por um problema de joanetes não pegou bem nos Estados Unidos.
Também incomodou muita sua insinuação de que a esposa de Khizr Khan não falou no evento porque não lhe deixaram, talvez por sua condição de muçulmana.
"Sua esposa, se você olhar sua esposa, ela estava ali de pé. Ela não tinha nada a dizer (...). Talvez não lhe tenham deixado dizer nada (...). Ela estava muito calada e parecia que não tinha nada a dizer", comentou o multimilionário à "ABC News".
Os comentários de Trump são inesperados para um candidato presidencial pela reverência que se presta nos Estados Unidos aos pais de soldados mortos em conflitos, e representam uma quebra de uma linha vermelha no mundo da política no país.
Washington - O presidente dos Estados Unidos , Barack Obama , afirmou nesta segunda-feira que as famílias dos soldados mortos em conflitos "representam o melhor" do país, em alusão às recentes críticas do candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, contra os pais de um militar muçulmano morto no Iraque.
"Ninguém deu mais por nossa liberdade e segurança que nossas famílias de estrela dourada", como se conhece no país as famílias com filhos mortos em guerras, afirmou o presidente em discurso pronunciado em Atlanta durante a 92ª Convenção de Veteranos Americanos Incapacitados.
Sem mencionar Trump, Obama se referiu assim à polêmica gerada este fim de semana pelo magnata após insultar Khizr e Ghazala Khan, emigrantes paquistaneses e pais do capitão do exército americano Humayun, morto por um carro-bomba em 2004 no Iraque.
O presidente americano ressaltou que famílias como a do capitão Humayun Khan constituem "uma poderosa lembrança da verdadeira força dos EUA.".
"Nossas famílias de estrela dourada fizeram sacrifícios que a maioria de nós nem sequer podemos imaginar", salientou.
"Devemos fazer tudo o que podemos por essas famílias e honrá-los e sentir-nos honrados por elas", acrescentou Obama.
Trump ganhou as críticas de grande parte da cúpula de seu partido e das famílias de militares ao confrontar os pais de Khan, que discursaram na semana passada na Convenção Nacional Democrata, que nomeou Hillary Clinton como candidata presidencial do partido.
Em uma entrevista à emissora "ABC News" neste final de semana, o empresário dos cassinos declarou que quando o pai do militar, acompanhado de sua esposa, disse que ele não tinha sacrificado nada em comparação com seu filho morto, se equivocava porque tinha trabalhado "muito duro" e criado "milhares de empregos".
A analogia entre um herói de guerra, que morreu após afastar seus comandados do perigo, e um magnata que evitou ir à guerra do Vietnã por um problema de joanetes não pegou bem nos Estados Unidos.
Também incomodou muita sua insinuação de que a esposa de Khizr Khan não falou no evento porque não lhe deixaram, talvez por sua condição de muçulmana.
"Sua esposa, se você olhar sua esposa, ela estava ali de pé. Ela não tinha nada a dizer (...). Talvez não lhe tenham deixado dizer nada (...). Ela estava muito calada e parecia que não tinha nada a dizer", comentou o multimilionário à "ABC News".
Os comentários de Trump são inesperados para um candidato presidencial pela reverência que se presta nos Estados Unidos aos pais de soldados mortos em conflitos, e representam uma quebra de uma linha vermelha no mundo da política no país.