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Família de menino sírio que morreu na praia chega ao Canadá

A família do menino está no Canadá para se instalar junto com outros parentes que vivem há anos no país norte-americano


	Aylan al-Kurdi: a família do menino está no Canadá para se instalar junto com outros parentes que vivem há anos no país norte-americano
 (REUTERS)

Aylan al-Kurdi: a família do menino está no Canadá para se instalar junto com outros parentes que vivem há anos no país norte-americano (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2015 às 06h00.

Washington - A família de Aylan, o menino sírio que morreu afogado nas praias da Turquia e cuja fotografia se transformou em símbolo da crise de refugiados, chegou nesta terça-feira ao Canadá para se instalar junto com outros parentes que vivem há anos no país norte-americano.

Vídeos divulgados hoje pela imprensa canadense mostraram os gritos de alegria e os abraços dos familiares de Aylan que se reuniram em Vancouver com a irmã do pai do pequeno falecido, Abdullah Kurdi, o único integrante da família que sobreviveu à tragédia.

"Quase perdemos a esperança. Agradeço ao governo do Canadá", disse à imprensa Tima Kurdi, tia de Aylan, que chegou ao Canadá em 1992 e hoje não pôde cumprimentar seu irmão no aeroporto, que decidiu não viajar ao país norte-americano.

A família de Aylan Kurdi vivia em Damasco, a capital da Síria, mas a intensificação do conflito civil no país os fez partir, primeiro para Aleppo, e posteriormente para Kobani, cidade sitiada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e de onde viajaram para a Turquia, para depois tentar chegar à Grécia.

Aylan Kurdi, de 3 anos de idade, morreu quando tentava chegar à Europa junto com seu irmão Galip, de 5 anos, e a mãe dos mesmos, Rehan, que foram encontrados na praia turca de Bodrum após o naufrágio do bote na qual tentavam chegar ao solo europeu.

A imagem do corpo do pequeno sem vida deu a volta ao mundo e se transformou em um símbolo da tragédia dos refugiados sírios que escapam da guerra em seu país e tentam chegar à Europa.

O governo canadense recebeu duras críticas no último ano pela lentidão com a qual está processando os pedidos de asilo de refugiados sírios.

Em resposta às críticas, o Canadá se comprometeu a aceitar mais refugiados sírios e o novo primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, prometeu pôr em prática uma política mais aberta que a de seu antecessor, o conservador Stephen Harper. 

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