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Faltando um ano, Obama deve enfrentar reeleição disputada

Presidente americano tenta diminuir o desemprego e estimular a economia para ganhar mais quatro anos no cargo

"Se isto não for resolvido em três anos, minha presidência não durará mais que um mandato" disse Obama sobre a crise em 2009 (Jay Paul/Getty Images/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 11h55.

Washington - Faltando apenas um ano para as eleições presidenciais americanas, o presidente Barack Obama ainda pode ser reeleito, apesar de uma alta taxa de desemprego e de perspectivas de recuperação econômica incertas, embora a eleição se apresente como muito disputada.

"Se isto não for resolvido em três anos, minha presidência não durará mais que um mandato": os adversários republicanos de Obama não cansam de lembrá-lo desta declaração que fez sobre a crise em 2 de fevereiro de 2009, quando a taxa oficial de desemprego era de 7,6%.

O índice está estancado em 9,1% desde julho, e, após várias pesquisas, os americanos mostram uma falta de confiança em relação ao seu presidente em questões econômicas.

Segundo o The New York Times, nenhum presidente foi reeleito desde Roosevelt quando o desemprego superava os 7,2%. No dia 18 de outubro, Obama previu que a eleição seria "disputada porque a economia ainda não se encontra no estado que teríamos desejado".

Mas, a um ano das eleições, ainda existem muitas perguntas para que seja possível prever seu resultado, começando pelo nome do candidato republicano: um moderado como Mitt Romney teria vantagem entre o eleitorado centrista de Obama.

E, em um sistema presidencialista, Obama tirou proveito da caixa de ressonância e da logística da Casa Branca. Ainda tem uma popularidade de aproximadamente 45%, um número que não é irreversível.

O trajeto de Obama em direção a uma possível reeleição não terá muito a ver com sua espetacular ascensão em 2007-2008, quando, com uma mensagem de "mudança" e "esperança", venceu a favorita Hillary Clinton nas primárias, antes de triunfar diante do republicano John McCain.

A campanha de 2012 "não será tão sexy. Não terá o gosto da novidade. Tenho o cabelo mais branco, estou todo amassado", afirmou o presidente em um recente giro pela Califórnia.

Em 2008, a eleição de Obama foi atribuída a uma mobilização sem precedentes de jovens e minorias, que teriam permitido a vitória em estados republicanos há décadas, como Virgínia e Carolina do Norte. O desafio, agora, será tentar provocar uma maré similar em circunstâncias diferentes.


"As pessoas estão cansadas, desgastadas. Estão esgotadas e sofrem, por isso a energia de 2008 deverá ser gerada de outra forma", reconhece Obama, quando sua promessa de mudar o funcionamento de Washington em busca do consenso nem sempre pôde ser cumprida.

Diante do que ele qualifica de uma obstrução dos republicanos - que reconquistaram a maioria na Câmara de Representantes e aumentaram sua influência no Senado há um ano - Obama endureceu o tom e afiou seus argumentos.

Esta é a estratégia que deve implementar contra seu futuro adversário quando a campanha for lançada oficialmente.

"O tema (para os eleitores) será saber em quem confiam para continuar a trabalhar (em direção à recuperação). Confiam em um presidente que toma suas decisões pelo bem da classe média, que quer ajudá-los de maneira justa, ou em um partido que quer fazê-los regressar às políticas do passado?", perguntou-se recentemente um responsável do alto escalão do governo democrata.

Para Romney, até agora favorito nas primárias republicanas, "a definição de classe média é alguém que anda em Mercedes, e não em Bentley", ironizou este funcionário, que não quis se identificar.

Embora a economia seja o tema que dominará a eleição, a Casa Branca tenta insistir no espírito de decisão que Obama demonstrou ter, focando-se especialmente em seu balanço de segurança nacional.

"Estivemos a ponto de dizimar a Al-Qaeda e fizemos com que Osama Bin Laden não possa caminhar nunca mais sobre a face deste planeta, a mudança é esta", assegurou Obama em suas reuniões eleitorais.

Mas a história recente mostra que um balanço sólido em política externa não é vacina contra uma derrota eleitoral. Tal como ocorreu com George Bush pai (1989-1993), vítima de problemas econômicos e derrotado por Bill Clinton nas eleições de 1992.

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"Se isto não for resolvido em três anos, minha presidência não durará mais que um mandato": os adversários republicanos de Obama não cansam de lembrá-lo desta declaração que fez sobre a crise em 2 de fevereiro de 2009, quando a taxa oficial de desemprego era de 7,6%.

O índice está estancado em 9,1% desde julho, e, após várias pesquisas, os americanos mostram uma falta de confiança em relação ao seu presidente em questões econômicas.

Segundo o The New York Times, nenhum presidente foi reeleito desde Roosevelt quando o desemprego superava os 7,2%. No dia 18 de outubro, Obama previu que a eleição seria "disputada porque a economia ainda não se encontra no estado que teríamos desejado".

Mas, a um ano das eleições, ainda existem muitas perguntas para que seja possível prever seu resultado, começando pelo nome do candidato republicano: um moderado como Mitt Romney teria vantagem entre o eleitorado centrista de Obama.

E, em um sistema presidencialista, Obama tirou proveito da caixa de ressonância e da logística da Casa Branca. Ainda tem uma popularidade de aproximadamente 45%, um número que não é irreversível.

O trajeto de Obama em direção a uma possível reeleição não terá muito a ver com sua espetacular ascensão em 2007-2008, quando, com uma mensagem de "mudança" e "esperança", venceu a favorita Hillary Clinton nas primárias, antes de triunfar diante do republicano John McCain.

A campanha de 2012 "não será tão sexy. Não terá o gosto da novidade. Tenho o cabelo mais branco, estou todo amassado", afirmou o presidente em um recente giro pela Califórnia.

Em 2008, a eleição de Obama foi atribuída a uma mobilização sem precedentes de jovens e minorias, que teriam permitido a vitória em estados republicanos há décadas, como Virgínia e Carolina do Norte. O desafio, agora, será tentar provocar uma maré similar em circunstâncias diferentes.


"As pessoas estão cansadas, desgastadas. Estão esgotadas e sofrem, por isso a energia de 2008 deverá ser gerada de outra forma", reconhece Obama, quando sua promessa de mudar o funcionamento de Washington em busca do consenso nem sempre pôde ser cumprida.

Diante do que ele qualifica de uma obstrução dos republicanos - que reconquistaram a maioria na Câmara de Representantes e aumentaram sua influência no Senado há um ano - Obama endureceu o tom e afiou seus argumentos.

Esta é a estratégia que deve implementar contra seu futuro adversário quando a campanha for lançada oficialmente.

"O tema (para os eleitores) será saber em quem confiam para continuar a trabalhar (em direção à recuperação). Confiam em um presidente que toma suas decisões pelo bem da classe média, que quer ajudá-los de maneira justa, ou em um partido que quer fazê-los regressar às políticas do passado?", perguntou-se recentemente um responsável do alto escalão do governo democrata.

Para Romney, até agora favorito nas primárias republicanas, "a definição de classe média é alguém que anda em Mercedes, e não em Bentley", ironizou este funcionário, que não quis se identificar.

Embora a economia seja o tema que dominará a eleição, a Casa Branca tenta insistir no espírito de decisão que Obama demonstrou ter, focando-se especialmente em seu balanço de segurança nacional.

"Estivemos a ponto de dizimar a Al-Qaeda e fizemos com que Osama Bin Laden não possa caminhar nunca mais sobre a face deste planeta, a mudança é esta", assegurou Obama em suas reuniões eleitorais.

Mas a história recente mostra que um balanço sólido em política externa não é vacina contra uma derrota eleitoral. Tal como ocorreu com George Bush pai (1989-1993), vítima de problemas econômicos e derrotado por Bill Clinton nas eleições de 1992.

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