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Ex-presidentes da Ucrânia denunciam intervenção russa

Ex-presidentes denunciaram a intervenção da Rússia nos assuntos internos ucranianos

Leonid Kravchuk (D), Leonid Kuchma e Viktor Yushchenko (E), ex-presidentes da Ucrânia: os três lembraram que EUA, Reino Unido e Rússia atuam como fiadores da soberania do país (Gleb Garanich/AFP)
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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 09h20.

Kiev - Os ex-presidentes da Ucrânia , Leonid Kravchuk, Leonid Kuchma e Viktor Yushchenko, denunciaram nesta quarta-feira a intervenção da Rússia nos assuntos internos ucranianos, em particular na península da Criméia, de maioria russoparlante.

"A Rússia, que todo o tempo tacha de "ingerência" nos assuntos internos da Ucrânia os esforços de nossos parceiros internacionais por normalizar a situação por meios pacíficos, recorre agora à intervenção direta na vida política da Criméia", afirmam os ex-presidentes em uma declaração conjunta.

Segundo eles, as "ideias" dos representantes da Duma (Câmara dos Deputados) da Rússia em torno da convocação de um referendo sobre a unificação da Criméia à Rússia "devem ser consideradas como uma chamada a destruição da ordem constitucional e da integridade territorial da Ucrânia".

Os três ex-presidentes lembraram que, segundo os acordos internacionais e depois que Ucrânia se desprendesse das armas nucleares herdadas da União Soviética após a desintegração desta, Estados Unidos e o Reino Unido, junto com a Rússia, atuam como fiadores da soberania do país.

"As declarações da Rússia que respeita todas suas obrigações internacionais contraídas com a Ucrânia, independentemente da configuração de seu Parlamento e governo, devem ser referendadas por ações concretas da parte russa", acrescenta o documento.

Neste aspecto, Kravchuk, Kuchma e Yushchenko assinalaram que as autoridades russas precisam "mostrar respeito pelas decisões do povo e pelas autoridades da Ucrânia", "tomando consciência das perigosas consequências de qualquer conflito étnico".

De acordo com os ex-presidentes, é extremamente perigoso resolver os problemas internacionais, religiosos e de idioma o mais rápido possível. "Estes problemas serão aproveitados sem falta pelas forças antiucranianas para desprestigiar às novas autoridades", apontaram.

Em 1954, o então líder soviético Nikita Khrushchov "trespassou" a Criméia russa à Ucrânia em ocasião do 300º aniversário da unificação das duas nações eslavas.

No entanto, logo após a proclamação da independência da Ucrânia, em 1991, nacionalistas russos questionaram a legalidade do "presente" da Criméia, efetuado por decisão dos organismos soviéticos e não dos russos.

Os ex-presidentes também apontaram que Sebastopol, principal base naval no Mar Negro e que esteve subordinada diretamente ao governo da URSS entre 1954 e 1991, jamais chegou a pertencer à Ucrânia, independente de sua situação geográfica (no sudoeste da Criméia).

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Kiev - Os ex-presidentes da Ucrânia , Leonid Kravchuk, Leonid Kuchma e Viktor Yushchenko, denunciaram nesta quarta-feira a intervenção da Rússia nos assuntos internos ucranianos, em particular na península da Criméia, de maioria russoparlante.

"A Rússia, que todo o tempo tacha de "ingerência" nos assuntos internos da Ucrânia os esforços de nossos parceiros internacionais por normalizar a situação por meios pacíficos, recorre agora à intervenção direta na vida política da Criméia", afirmam os ex-presidentes em uma declaração conjunta.

Segundo eles, as "ideias" dos representantes da Duma (Câmara dos Deputados) da Rússia em torno da convocação de um referendo sobre a unificação da Criméia à Rússia "devem ser consideradas como uma chamada a destruição da ordem constitucional e da integridade territorial da Ucrânia".

Os três ex-presidentes lembraram que, segundo os acordos internacionais e depois que Ucrânia se desprendesse das armas nucleares herdadas da União Soviética após a desintegração desta, Estados Unidos e o Reino Unido, junto com a Rússia, atuam como fiadores da soberania do país.

"As declarações da Rússia que respeita todas suas obrigações internacionais contraídas com a Ucrânia, independentemente da configuração de seu Parlamento e governo, devem ser referendadas por ações concretas da parte russa", acrescenta o documento.

Neste aspecto, Kravchuk, Kuchma e Yushchenko assinalaram que as autoridades russas precisam "mostrar respeito pelas decisões do povo e pelas autoridades da Ucrânia", "tomando consciência das perigosas consequências de qualquer conflito étnico".

De acordo com os ex-presidentes, é extremamente perigoso resolver os problemas internacionais, religiosos e de idioma o mais rápido possível. "Estes problemas serão aproveitados sem falta pelas forças antiucranianas para desprestigiar às novas autoridades", apontaram.

Em 1954, o então líder soviético Nikita Khrushchov "trespassou" a Criméia russa à Ucrânia em ocasião do 300º aniversário da unificação das duas nações eslavas.

No entanto, logo após a proclamação da independência da Ucrânia, em 1991, nacionalistas russos questionaram a legalidade do "presente" da Criméia, efetuado por decisão dos organismos soviéticos e não dos russos.

Os ex-presidentes também apontaram que Sebastopol, principal base naval no Mar Negro e que esteve subordinada diretamente ao governo da URSS entre 1954 e 1991, jamais chegou a pertencer à Ucrânia, independente de sua situação geográfica (no sudoeste da Criméia).

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