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Ex-premiê diz que Assad controla um terço da Síria

O Conselho de Coordenação Nacional (CCN), principal grupo de oposição dentro da Síria, apresentou um plano que propõe o cessar-fogo nos próximos dias

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2012 às 21h34.

Cairo - O ex-primeiro-ministro sírio Riyad Hijab, que deixou o governo de Assad dias atrás, afirmou nesta terça-feira que Damasco só controla 30% do território nacional, no mesmo dia em que a ONU e a oposição buscam novas vias para amenizar a situação crítica dos civis.

A secretária-geral adjunta para os Assuntos Humanitários da ONU, Valérie Amos, chegou hoje a Damasco e reivindicou que as autoridades permitam o acesso da ajuda humanitária às regiões mais castigadas.

Na capital, foi recebida pelo novo primeiro-ministro sírio, Wael al Halqi, que afirmou que as sanções econômicas impostas a seu país pela comunidade internacional só afetam "os cidadãos sírios inocentes".

Valérie, por sua parte, ressaltou a necessidade de buscar meios para aliviar a situação de todos aqueles que foram obrigados a abandonar seus lares por conta do conflito. A ONU calcula que mais de 1,5 milhão de pessoas teve que fugir de suas casas.

O Conselho de Coordenação Nacional (CCN), principal grupo de oposição dentro da Síria , apresentou um plano que propõe o cessar-fogo nos próximos dias, uma troca de prisioneiros e um eventual diálogo político com vistas a iniciar a transição.

O objetivo do CCN é que a trégua seja declarada antes do início das festividades do Eid ul-Fitr, que marca o fim do Ramadã, e que sirva para a troca de prisioneiros e para a abertura de corredores humanitários.

Além disso, existem planos para um diálogo político, que, segundo o roteiro a qual a Agência Efe teve acesso, reuniria os membros da oposição e uma delegação do regime com plena autoridade para negociar, integrada por personalidades que não tiveram participação em crimes violentos.

Os planos contrastam, no entanto, com o panorama traçado pelo ex-primeiro-ministro Hijab em sua primeira aparição pública após a deserção. Hijab descreveu um regime em estado de decomposição e que mal controla a situação.


Em entrevista coletiva na Jordânia, onde buscou refúgio após escapar do país ajudado pelo Exército Livre da Síria (ELS), Hijab, considerou que "o regime está se deteriorando moral, econômica e militarmente".

Por isso, pediu a união dos opositores no exílio e pediu aos oficiais ainda leais ao exército de Bashar al Assad que se somem à revolução.

Hijab explicou, além disso, que desertou para ser "um soldado fiel a seu país junto dos revolucionários" e não para buscar um cargo no futuro.

Em relação ao conflito bélico, os opositores dos Comitês de Coordenação Local denunciaram a morte nesta terça-feira de pelo menos 70 pessoas em todo o país, entre eles dez menores e três mulheres.

Pelo quarto dia consecutivo, a cidade de Tafas, na província de Deraa, foi palco de bombardeios e enfrentamentos.

As tropas governamentais tentam acabar com a resistência na cidade desde sábado como parte de sua campanha para retomar a província, onde ocorreram os primeiros protestos contra Assad em março de 2011.

Um ativista dos Comitês de Coordenação Local em Tafas, Yazid al Bardan, disse à Efe por telefone que um grande número de civis e de combatentes do ELS ficaram feridos nos combates nos arredores da cidade.

Bardan explicou que mais de 70 bombas atingiram a cidade e que a situação humanitária se agravou devido à escassez de remédios e de material de primeiros socorros para atender os feridos.

O governo sírio se limitou a explicar através da agência oficial "Sana", que suas forças entraram em confronto com "terroristas" em Tafas, causando a morte e a detenção de alguns deles.

Além de Deraa, o regime de Assad prosseguiu sua ofensiva contra Alepo - coração econômico da Síria -, onde se repetiram os enfrentamentos pelo controle dos bairros dominados por insurgentes.

Abu Feras, membro do ELS em Alepo, explicou à Efe via internet que a eletricidade foi cortada na maioria dos bairros do leste e do sul da cidade.

Já a agência de notícias "Sana" disse que as autoridades detiveram "dezenas de terroristas" nessa cidade e destruíram sete veículos equipados com metralhadoras pesadas.

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A secretária-geral adjunta para os Assuntos Humanitários da ONU, Valérie Amos, chegou hoje a Damasco e reivindicou que as autoridades permitam o acesso da ajuda humanitária às regiões mais castigadas.

Na capital, foi recebida pelo novo primeiro-ministro sírio, Wael al Halqi, que afirmou que as sanções econômicas impostas a seu país pela comunidade internacional só afetam "os cidadãos sírios inocentes".

Valérie, por sua parte, ressaltou a necessidade de buscar meios para aliviar a situação de todos aqueles que foram obrigados a abandonar seus lares por conta do conflito. A ONU calcula que mais de 1,5 milhão de pessoas teve que fugir de suas casas.

O Conselho de Coordenação Nacional (CCN), principal grupo de oposição dentro da Síria , apresentou um plano que propõe o cessar-fogo nos próximos dias, uma troca de prisioneiros e um eventual diálogo político com vistas a iniciar a transição.

O objetivo do CCN é que a trégua seja declarada antes do início das festividades do Eid ul-Fitr, que marca o fim do Ramadã, e que sirva para a troca de prisioneiros e para a abertura de corredores humanitários.

Além disso, existem planos para um diálogo político, que, segundo o roteiro a qual a Agência Efe teve acesso, reuniria os membros da oposição e uma delegação do regime com plena autoridade para negociar, integrada por personalidades que não tiveram participação em crimes violentos.

Os planos contrastam, no entanto, com o panorama traçado pelo ex-primeiro-ministro Hijab em sua primeira aparição pública após a deserção. Hijab descreveu um regime em estado de decomposição e que mal controla a situação.


Em entrevista coletiva na Jordânia, onde buscou refúgio após escapar do país ajudado pelo Exército Livre da Síria (ELS), Hijab, considerou que "o regime está se deteriorando moral, econômica e militarmente".

Por isso, pediu a união dos opositores no exílio e pediu aos oficiais ainda leais ao exército de Bashar al Assad que se somem à revolução.

Hijab explicou, além disso, que desertou para ser "um soldado fiel a seu país junto dos revolucionários" e não para buscar um cargo no futuro.

Em relação ao conflito bélico, os opositores dos Comitês de Coordenação Local denunciaram a morte nesta terça-feira de pelo menos 70 pessoas em todo o país, entre eles dez menores e três mulheres.

Pelo quarto dia consecutivo, a cidade de Tafas, na província de Deraa, foi palco de bombardeios e enfrentamentos.

As tropas governamentais tentam acabar com a resistência na cidade desde sábado como parte de sua campanha para retomar a província, onde ocorreram os primeiros protestos contra Assad em março de 2011.

Um ativista dos Comitês de Coordenação Local em Tafas, Yazid al Bardan, disse à Efe por telefone que um grande número de civis e de combatentes do ELS ficaram feridos nos combates nos arredores da cidade.

Bardan explicou que mais de 70 bombas atingiram a cidade e que a situação humanitária se agravou devido à escassez de remédios e de material de primeiros socorros para atender os feridos.

O governo sírio se limitou a explicar através da agência oficial "Sana", que suas forças entraram em confronto com "terroristas" em Tafas, causando a morte e a detenção de alguns deles.

Além de Deraa, o regime de Assad prosseguiu sua ofensiva contra Alepo - coração econômico da Síria -, onde se repetiram os enfrentamentos pelo controle dos bairros dominados por insurgentes.

Abu Feras, membro do ELS em Alepo, explicou à Efe via internet que a eletricidade foi cortada na maioria dos bairros do leste e do sul da cidade.

Já a agência de notícias "Sana" disse que as autoridades detiveram "dezenas de terroristas" nessa cidade e destruíram sete veículos equipados com metralhadoras pesadas.

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