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Ex-ministro das Finanças volta ao cargo no Paquistão

Ex-premiê Nawaz Sharif escolheu Ishaq Dar como ministro no gabinete que ele está montando depois de reconduzir seu partido ao poder

Pessoas caminham em frente a uma parede coberta de cartazes eleitorais no centro velho de Lahore, Paquistão (Damir Sagolj/Reuters)

Pessoas caminham em frente a uma parede coberta de cartazes eleitorais no centro velho de Lahore, Paquistão (Damir Sagolj/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 09h24.

Karachi - O ex-premiê paquistanês Nawaz Sharif escolheu o senador Ishaq Dar como ministro das Finanças no gabinete que ele está montando depois de reconduzir seu partido ao poder, disse um porta-voz do partido nesta segunda-feira.

Dar, que já foi ministro das Finanças num governo anterior de Sharif nos anos 1990, tem manifestado a intenção de delegar a cobrança de impostos rurais às províncias, o que pode colocá-lo em rota de colisão com apoiadores ricos da Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N).

Sharif tem sugerido a intenção de implementar algumas das polêmicas reformas exigidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para assegurar a injeção de bilhões de dólares na economia paquistanesa.

Dar, contador de formação, negociou um pacote com o FMI em 1998, mas em recente entrevista ele disse à Reuters que o PML-N ainda não se comprometeu em buscar a ajuda do Fundo, e que um eventual pacote "teria de ser correto para a economia".

A bolsa de valores de Karachi teve alta de 1,6 por cento na segunda-feira e atingiu a marca recorde de 20 mil pontos. Operadores disseram que isso ocorreu porque Sharif demonstrou ter condições de formar um governo menos frágil do que se previa e de promover reformas econômicas.

"Há uma expectativa de que a economia será muito mais bem conduzida por um partido, e um partido pró-governo, que esteja liderando o governo, em vez de uma coalizão instável", disse Samar Iqbal, da Topline Securities.

Sharif pode não conquistar suficientes vagas parlamentares para governar sozinho, mas pelo menos terá condições de evitar a formação de uma coalizão com seus principais rivais, o Partido do Povo do Paquistão (PPP) e o partido Tehrik-i-Insaf (PTI), do ex-jogador de críquete Imran Khan.

TVs locais disseram que o PML-N elegeu 125 das 272 vagas em disputa na Assembleia Nacional.

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