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Ex-militante do Panteras Negras volta aos EUA após 30 anos

William Potts, que vivia em Cuba desde 1984 após sequestrar um avião nos Estados Unidos, voltou para Miami nesta quarta-feira, onde foi detido


	William Potts Jr. chega ao prédio do FBI em Miami: "o ato de terrorismo que eu cometi me persegue todos os dias", disse ele à CNN
 (Joe Raedle/AFP)

William Potts Jr. chega ao prédio do FBI em Miami: "o ato de terrorismo que eu cometi me persegue todos os dias", disse ele à CNN (Joe Raedle/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 06h44.

Miami - O ex-militante da organização Panteras Negras William Potts, que vivia em Cuba desde 1984 após sequestrar um avião nos Estados Unidos, voltou para Miami nesta quarta-feira, onde foi detido - anunciou o Departamento de Justiça.

Potts foi processado à revelia em 1985, nos Estados Unidos, por "pirataria aérea", depois de desviar um avião em 27 de março de 1984.

Após decolar do aeroporto de La Guardia, perto de Nova York, Potts fez uma escala em Charlotte (Carolina do Norte), onde ameaçou explodir o avião se o piloto pousasse em Miami como previsto. Ele determinou que o avião seguisse para Havana, onde foi detido pelas autoridades cubanas, de acordo com ata do processo.

Em nota entregue às aeromoças e conservada pelas autoridades cubanas, ele reivindicava a libertação de seus "irmãos e irmãs na África do Sul", então sob o regime do Apartheid, protestava contra a intervenção americana contra os sandinistas na Nicarágua, além de pedir um resgate de US$ 5 milhões, acrescenta o documento judicial.

Segundo a emissora CNN, Potts passou 13 anos preso em Cuba. Depois de ser solto, começou uma nova vida em Havana, casou-se e se converteu ao Islã.

"O ato de terrorismo que eu cometi me persegue todos os dias", disse ele à CNN, que o entrevistou durante o voo Havana-Miami.

Potts disse sentir saudades da família.

William Potts, também conhecido como William Freeman, ou Tenente Spartacus, foi preso pelo FBI, ao descer do avião no aeroporto internacional de Miami - informou a delegação de Justiça de Miami em um comunicado.

Na quinta-feira, ele comparecerá a um juiz federal de Miami. Se for considerado culpado, pode ser condenado a até 20 anos de prisão, segundo a mesma fonte.

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