Ex-juíza do caso Bettancourt acusa Sarkozy de ter recebido dinheiro
O presidente francês teria recebido envelopes com dinheiro da máxima acionista do império L'Oréal, Liliane Bettencourt, para financiar sua campanha
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2011 às 08h40.
Paris - A juíza francesa Isabelle Prévost-Desprez, que trabalhou no caso envolvendo a bilionária francesa Liliane Bettencourt, afirma em um livro que uma testemunha-chave viu Nicolas Sarkozy receber envelopes com dinheiro da máxima acionista do império L'Oréal.
A declaração está no livro "Sarko m'a tuer", escrito por dois jornalistas do jornal Le Monde, que inclui depoimentos de Isabelle, a magistrada e do vice-presidente do tribunal de Nanterre que instruiu o caso que provocou a renúncia do ministro de Orçamento Eric Woerth, salpicado pelos supostos escândalos de financiamento ilegal para a campanha presidencial de Sarkozy.
O jornal detalha que o testemunho é da enfermeira da bilionária, que traz à tona novamente a linha defendida anteriormente pela contadora de Bettencourt, Claire Thiboult, que já disse o mesmo.
Segundo trechos do livro publicados nesta quarta-feira, Isabelle afirma que as testemunhas têm "medo de falar sobre Sarkozy no processo", mas depois, fora do depoimento formal, um deles contou "que viu o presidente recebendo dinheiro".
A informação, adiantada nesta quarta-feira pelo jornal Libération e que poderá ser lida no livro que chega às livrarias nesta quinta-feira, foi desmentida taxativamente pelo Palácio do Eliseu, que definiu as "alegações como escandalosas, infundadas e falsas".
Isabelle Prévost-Desprez teve de deixar o caso em 2010, quando foi transferida para o Tribunal Correcional de Bordeaux.
"Era necessário me tirar do caso de qualquer maneira. Era imperativo que eu saísse da investigação", acrescenta a magistrada a esse respeito.
O escândalo Bettencourt explodiu em 2009, quando a partir de um briga familiar entre a bilionária e sua filha, que a acusava de dilapidar sua fortuna, saíram à luz mais de 20 horas de gravações clandestinas registradas pelo mordomo da herdeira da L'Oréal.
As gravações, com as quais pretendia provar que o fotógrafo Françoise Bettencourt-Meyers se aproveitava do dinheiro da idosa, desembocou em um escândalo com ramificações político-financeiras que salpicaram o então ministro de Orçamento, Eric Woerth, e à própria Liliane Bettencourt, por evasão fiscal.
Paris - A juíza francesa Isabelle Prévost-Desprez, que trabalhou no caso envolvendo a bilionária francesa Liliane Bettencourt, afirma em um livro que uma testemunha-chave viu Nicolas Sarkozy receber envelopes com dinheiro da máxima acionista do império L'Oréal.
A declaração está no livro "Sarko m'a tuer", escrito por dois jornalistas do jornal Le Monde, que inclui depoimentos de Isabelle, a magistrada e do vice-presidente do tribunal de Nanterre que instruiu o caso que provocou a renúncia do ministro de Orçamento Eric Woerth, salpicado pelos supostos escândalos de financiamento ilegal para a campanha presidencial de Sarkozy.
O jornal detalha que o testemunho é da enfermeira da bilionária, que traz à tona novamente a linha defendida anteriormente pela contadora de Bettencourt, Claire Thiboult, que já disse o mesmo.
Segundo trechos do livro publicados nesta quarta-feira, Isabelle afirma que as testemunhas têm "medo de falar sobre Sarkozy no processo", mas depois, fora do depoimento formal, um deles contou "que viu o presidente recebendo dinheiro".
A informação, adiantada nesta quarta-feira pelo jornal Libération e que poderá ser lida no livro que chega às livrarias nesta quinta-feira, foi desmentida taxativamente pelo Palácio do Eliseu, que definiu as "alegações como escandalosas, infundadas e falsas".
Isabelle Prévost-Desprez teve de deixar o caso em 2010, quando foi transferida para o Tribunal Correcional de Bordeaux.
"Era necessário me tirar do caso de qualquer maneira. Era imperativo que eu saísse da investigação", acrescenta a magistrada a esse respeito.
O escândalo Bettencourt explodiu em 2009, quando a partir de um briga familiar entre a bilionária e sua filha, que a acusava de dilapidar sua fortuna, saíram à luz mais de 20 horas de gravações clandestinas registradas pelo mordomo da herdeira da L'Oréal.
As gravações, com as quais pretendia provar que o fotógrafo Françoise Bettencourt-Meyers se aproveitava do dinheiro da idosa, desembocou em um escândalo com ramificações político-financeiras que salpicaram o então ministro de Orçamento, Eric Woerth, e à própria Liliane Bettencourt, por evasão fiscal.