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Ex-diretor do FBI violou regras ao vazar documentos de Trump, diz Justiça

Apesar de não ter informações confidenciais, a Justiça considerou os vazamentos do ex-diretor do FBI como um "exemplo perigoso" para outros funcionários

Trump: James Comey foi demitido pelo presidente americano em 2017 (Carlos Barria/Reuters)
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AFP

Publicado em 29 de agosto de 2019 às 16h48.

O ex-diretor do FBI , James Comey, violou as políticas da agência, ao vazar documentos sobre conversas com o presidente Donald Trump, anunciou o organismo de controle do Departamento de Justiça, nesta quinta-feira (29).

Demitido por Trump em 2017 depois de, supostamente, ter resistido aos pedidos do presidente para que arquivasse a investigação sobre o ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn, Comey escreveu os textos depois de se reunir com o magnata republicano em seus primeiros dias na Casa Branca.

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Um dos documentos relata que Trump pediu a Comey que encerrasse a investigação sobre Flynn, que finalmente admitiu ter mentido para o FBI sobre suas conversas com o embaixador da Rússia.

A admissão levou a uma das primeiras acusações da investigação do ex-procurador especial Robert Mueller sobre os contatos entre Rússia e membros da equipe da campanha eleitoral de Trump em 2016.

O Escritório do Inspetor-Geral do Departamento de Justiça repreendeu Comey por pedir a um conhecido, professor da Universidade de Columbia, que compartilhasse o conteúdo da nota com o jornal "The New York Times".

Comey deu um "exemplo perigoso" para os funcionários do FBI em uma tentativa de "conseguir um resultado desejado pessoalmente", indica o informe.

As notas fornecidas não continham, porém, informações confidenciais, acrescentou este órgão responsável por investigar possíveis abusos em entidades ligadas ao Departamento de Justiça.

"Não preciso de uma desculpa pública daqueles que me difamaram, mas uma pequena mensagem, com 'perdão por ter mentido sobre você', seria bom", acrescentou.

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