Evo Morales vai a Cuba para retirar tumor benigno
O presidente da Bolívia, que fará a cirurgia na laringe, afirmou que não sente dor, mas que está afetado por uma "rouquidão" que "cada vez está piorando"
EFE
Publicado em 28 de março de 2017 às 12h26.
La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales , anunciou nesta terça-feira que viajará para Cuba "com urgência" amanhã para a retirada de um tumor benigno na laringe.
"Por recomendação médica e por decisão do gabinete de ministros e do vice-presidente (Álvaro García Linera), amanhã tenho que viajar com urgência", disse Morales em um evento com produtores de folhas de coca de La Paz.
A viagem do líder estava prevista para quinta-feira, segundo foi anunciado na segunda-feira pelos ministros de Saúde, Ariana Campesino, e da presidência, René Martínez.
Morales afirmou que não sente dor, mas que está afetado por uma "rouquidão" que "cada vez está piorando", por isso que indicou que é melhor "se submeter a uma pequena cirurgia que é urgente".
Segundo o governante, o procedimento "não é um problema, é rápido", mas o problema será "o repouso para recuperar a voz".
Morales descobriu que tinha essa afecção no começo deste mês em Cuba após ser atendido por uma complicação em sua saúde com uma disfonia, uma sinusite e dores no abdômen.
A cirurgia estava programada inicialmente para abril, mas foi antecipada em uma semana porque Morales teve uma recuperação positiva de outras patologias virais, segundo disseram na segunda-feira os ministros de Saúde e da presidência.
A ministra Campesino assegurou que a antecipação da cirurgia "não está vinculada a nenhuma emergência" e o líder deve retornar "com maior prontidão" à Bolívia para se reintegrar suas atividades normais.
Campesino explicou que a cirurgia de Morales consiste na extração de um nódulo na corda vocal esquerda em uma cirurgia "muito simples, muito singela", que deve durar cerca de 20 minutos.
Após a intervenção, o presidente boliviano deverá ter um repouso absoluto da voz durante 48 horas e posteriormente passará por uma avaliação para saber quanto tempo ficará em Cuba, acrescentou.
Morales decidiu fazer o tratamento na ilha depois que cinco médicos bolivianos não conseguiram curá-lo de uma disfonia.
O governante sofre com a disfonia desde janeiro e o problema foi evidente nos vários discursos e atos aos quais participou em diversas regiões do país.