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Europa fecha o cerco a Maduro e dá prazo para convocação de novas eleições

Londres deu oito dias para o presidente convocar novo pleito; Espanha, França e Alemanha também se juntaram

Maduro: oposição ao atual presidente está cada vez mais forte (Marco Bello/Reuters)
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EFE

Publicado em 26 de janeiro de 2019 às 14h34.

Última atualização em 26 de janeiro de 2019 às 14h42.

Londres — Os governos da Espanha, Alemanha e da França se manifestaram neste sábado (26) em favor de Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela que se autoproclamou presidente interino do país em substituição a Nicolás Maduro.

Pelo Twitter, o presidente francês Emmanuel Macron declarou que a "o povo venezuelano deve decidir livremente seu futuro" e que a França pode reconhecer Guaidó como presidente enquanto não é realizadas novas eleições para resolver o impasse político na Venezuela.

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Em pronunciamento oficial, o primeiro-ministro da Espanha (presidente de governo) Pedro Sánchez estabeleceu prazo de oito dias para que Maduro convoque "eleições justas, livres, transparentes e democráticas".

Segundo a porta-voz do governo alemão, Martina Fietz, "se as eleições não forem anunciadas no prazo de oito dias, a Alemanha está pronta para reconhecer Juan Guaido como presidente interino".

Durante a semana, a União Europeia já havia manifestado apoio às novas eleições e apoio à Assembleia Nacional da Venezuela. Brasil, Argentina, Colômbia, Canadá e Estados Unidos já reconheceram Guaidó como presidente.

Londres se pronuncia

Assim como Espanha, França e Alemanha, o governo do Reino Unido anunciou neste sábado que reconhecerá o chefe da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, como presidente interino do país se Maduro não convocar eleições em um prazo de oito dias.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, informou via Twitter que, depois de "proibir candidatos" e cometer "inúmeras irregularidades" eleitorais, Maduro "não é o líder legítimo" da Venezuela.

"Guaidó é a pessoa adequada para levar a Venezuela para frente", escreveu o chefe da diplomacia britânica, que com esta mensagem se une à posição de Espanha, França e Alemanha.

Hunt exigiu que Maduro que anuncie em um prazo de oito dias a convocação de eleições "justas", pois caso contrário "o Reino Unido reconhecerá" Guaidó como o "presidente interino para iniciar o processo político para a democracia".

"Chegou o momento para que a população que sofre tenha um novo começo na Venezuela", acrescentou o ministro britânico.

Hunt já afirmou na última quinta-feira que as eleições presidenciais venezuelanas de 20 de maio de 2018 "foram profundamente falhas, as urnas foram recheadas, houve contínuas irregularidades e a oposição foi proibida".

Guaidó se autoproclamou na última quarta-feira presidente interino da Venezuela ao considerar ilegítimo um segundo mandato de Nicolás Maduro, do qual o líder chavista tomou posse no último dia 10.

Aliados de Maduro

México, Cuba, Irã, Turquia declararam apoio a Nícolas Maduro. Rússia e China divulgaram manifestações incisivas contra qualquer intromissão externa na política venezuelana.

Em Caracas, Maduro, que governa a Venezuela desde 2013, tendo sido reeleito em pleito em 2018 sob suspeição, denuncia o que chama de "golpe midiático" contra a Venezuela promovido pelos Estados Unidos. "Há uma imensa campanha de desinformação e manipulação contra a Venezuela mais uma vez".

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