EUA suspendem sanções contra 27 entidades chinesas
As 27 entidades chinesas foram retiradas da “lista não confirmada”, que inclui empresas que fabricam produtos químicos
Agência
Publicado em 23 de agosto de 2023 às 18h11.
Comércio dos EUA, Gina Raimondo, à China. A medida foi amplamente vista como um gesto de boa vontade de Washington com o lado chinês. O Departamento de Comércio dos EUA fez o anúncio na segunda-feira, 21 de agosto. As 27 entidades chinesas foram retiradas da “lista não confirmada”, que inclui empresas que fabricam produtos químicos, a fabricante de materiais para baterias de lítio Guangdong Guanghua Science and Technology Co. e a fabricante de sensores Nanjing Gohua Technology Co.
Raimondo visitará a China na próxima semana, durante o período de 27 a 30 de agosto, a convite do Ministro do Comércio da China, Wang Wentao.
- Star Wars: qual é a ordem cronológica dos filmes e séries? Veja lista atualizada
- Mega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 5,5 milhões
- Taxas de hipoteca nos EUA superam 7,16% e operam no maior nível desde 2001
- Caixa altera sorteio da Mega-Sena para aumentar o prêmio; veja o que muda
- Guerra na Ucrânia: ataque da Rússia com míssil deixa ao menos 5 mortos e 37 feridos
- Próxima semana do Senado abordará MP do salário mínimo e correção da tabela do IR
Será a quarta visita de uma autoridade sênior dos EUA à China desde junho de 2023. Os visitantes anteriores dos Estados Unidos à China foram o Secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, a Secretária do Tesouro, Janet Yellen, e o enviado especial de assunto climático, John Kerry.
As empresas foram retiradas da lista depois de passarem por inspeções de uso final, disse um comunicado da Agência de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio dos EUA, que afirmou ter feito isso porque pôde determinar que essas entidades chinesas tinham “legitimidade e confiabilidade”.
As empresas que estão na “lista não confirmada” devem solicitar uma licença do Departamento de Comércio dos EUA se quiserem comprar produtos de empresas ou organizações norte-americanas, caso contrário, serão consideradas infratoras da lei, e tanto as empresas norte-americanas quanto as chinesas poderão ser penalizadas por isso.
Segundo a Bloomberg, entre as entidades chinesas que foram retiradas desta lista estão duas universidades e várias empresas de tecnologia. Além disso, há empresas da Indonésia, Paquistão, Singapura, Turquia e Emirados Árabes Unidos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse na terça-feira que a China vê a remoção das entidades chinesas da “lista não confirmada” é um gesto bem vindo e com bons olhos. Isso mostra que “ os dois lados podem resolver preocupações específicas por meio da comunicação com base no respeito mútuo”.
“A China continuará a proteger firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas e instituições chinesas”, disse Wang.
Os especialistas interpretaram a decisão do governo dos EUA como um sinal positivo de que Washington está interessado em se envolver com a China para identificar algumas das questões comerciais entre os dois lados, disse um artigo publicado na terça-feira no Global Times, um tabloide de propriedade do jornal oficial chinês People’s Daily.
O Ministério do Comércio da China também disse na terça-feira que, por meio dos esforços conjuntos dos EUA e da China, 27 entidades chinesas foram retiradas da “lista não confirmada”, o que é benéfico para a retomada do comércio normal entre os dois países e está de acordo com os interesses comuns dos dois países.
Em fevereiro do ano passado, o Departamento de Comércio dos EUA adicionou 33 entidades chinesas à lista, dizendo que “o Departamento não conseguiu determinar a ‘legitimidade’ dessas entidades chinesas” e como elas usariam os produtos adquiridos a partir das exportações dos EUA.
De acordo com o jornal chinês Global Times, Gao Lingyun, pesquisador do Instituto de Economia e Política Mundial da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que esperava que o lado americano suspendesse as altas tarifas cobradas sobre certos produtos da China e outras medidas restritivas impostas durante a presidência de Trump, que tornaram a relação que já é bastante tensa entre EUA e a China ainda mais tensa. “Acreditamos que o diálogo é a melhor maneira de resolver os desacordos”, acrescentou Gao Lingyun.