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EUA suspende envio de armas a Israel após ofensiva em Rafah

É a primeira vez que o governo Biden faz uma ação desse tipo desde o ataque do Hamas, em outubro

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 8 de maio de 2024 às 06h49.

Os Estados Unidos suspenderam o envio de armas para Israel e pressionam seu aliado para evitar uma invasão em grande escala em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Segundo a Reuters, Washington também quer estender as conversas para  um cessar-fogo.

O Hamas disse que os seus combatentes estavam prontos para enfrentar as tropas israelenses no leste da cidade, onde centenas de milhares de palestinos procuraram refúgio.

Israel ameaça fazer uma grande operação em Rafah para "derrotar os últimos bastiões do Hamas". ONU e nações acidentais alertaram que a ação poderia causar uma catástrofe humanitária, já que 1,4 milhão de refugiados palestinos estão na região em péssimas condições de vida.

O atraso no envio de armas seria o primeiro do governo de Joe Biden desde o ataque do Hamas contra Israel, em 7 de outubro. Os EUA são os principais parceiros de Israel na política e no fornecimento de armas.

“Como resultado dessa revisão, suspendemos um carregamento de armas na semana passada. Consiste em 1.800 bombas de 900 kg e 1.700 bombas de 225 kg”, disse um  funcionário do governo norte-americano que pediu anonimato às agências de notícias.

A Reuters informou que quatro fontes disseram que os embarques, que foram atrasados por pelo menos duas semanas, envolviam Munições Conjuntas de Ataque Direto (JDAMs, em inglês) fabricadas pela Boeing, que colocam sistemas de orientação de precisão em bombas, bem como bombas de pequeno diâmetro. Citando autoridades não identificadas, o Wall Street Journal informou na terça-feira que os EUA atrasaram o envio de cerca de 6.500 JDAMs.

À Reuters, um alto funcionário israelense disse: "Se tivermos que lutar com as unhas, então faremos o que tivermos que fazer".

As forças israelenses tomaram na terça-feira a principal passagem de fronteira entre Gaza e o Egito, em Rafah, cortando uma rota vital para ajuda humanitária.

Moradores de Rafah disseram que os tanques não haviam entrado nas áreas urbanas e que os tiroteios ainda estavam fora dos limites da cidade.

No Cairo, todas as cinco delegações que participaram nas negociações de cessar-fogo na terça-feira – Hamas, Israel, EUA, Egito e Qatar – reagiram positivamente à retomada das negociações, e as reuniões devem continuar na manhã desta quarta-feira.

O diretor da CIA, Bill Burns, irá para o Cairo a Israel ainda nesta quarta-feira para se encontrar com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e autoridades israelenses.

Israel declarou na segunda-feira que uma proposta de cessar-fogo em três fases aprovada pelo Hamas era inaceitável porque os termos foram "suavizados".

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