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EUA publicam lista de russos que ganharam poder através de Putin

Lista, elaborada pelo Departamento do Tesouro, aumenta a pressão de Washington sobre Moscou pela suposta ingerência nas eleições americanas de 2016

Putin: entre os 96 oligarcas, estão o magnata do petróleo Roman Abramovich, dono do Chelsea; Oleg Deripaska e Mikhail Prokhorov (Sergei Karpukhin/Reuters)

Putin: entre os 96 oligarcas, estão o magnata do petróleo Roman Abramovich, dono do Chelsea; Oleg Deripaska e Mikhail Prokhorov (Sergei Karpukhin/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 08h20.

Washington - O governo dos Estados Unidos tonou pública, nesta terça-feira, a chamada "lista Putin", onde identifica, a pedido do Congresso, 96 oligarcas e 114 altos funcionários do Kremlin que ganharam poder ou riqueza graças ao presidente russo, Vladimir Putin.

A lista, elaborada pelo Departamento do Tesouro, não acarreta em sanções econômicas ou diplomáticas para seus integrantes, mas aumenta a pressão de Washington sobre Moscou pela suposta ingerência nas eleições presidenciais de 2016.

Entre os 96 oligarcas, a quem o Departamento do Tesouro aponta para acumular fortunas superiores a US$ 1 bilhão, onde figuram o magnata do petróleo Roman Abramovich, dono do Chelsea; Oleg Deripaska e Mikhail Prokhorov.

Na lista de 114 pessoas do alto escalão destacam nomes como o do primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, ou o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, além de várias dezenas de assessores, gerentes de empresas estatais ou chefes da inteligência russa.

Alguns dos nomes na lista de altos funcionários são afetados por sanções emitidas no passado.

A elaboração da lista faz parte de uma lei aprovada pelo Congresso em julho do ano passado onde se contemplam novas sanções contra a Rússia e também requer a aprovação do Legislativo para levantar as existentes.

Esta lei, conhecida como CAATSA (sigla em inglês), também contempla sanções contra a Coreia do Norte e o Irã.

Precisamente ontem, o Departamento de Estado dos EUA anunciou que não ia implementar mais sanções contra a Rússia contempladas na CAATSA, pois considera que apenas a promulgação da lei causou bilhões de perdas para Moscou.

A aprovação da CAATSA no Congresso enfrentou durante semanas a barreira do Legislativo com a Casa Branca pela vontade de Trump de melhorar as relações diplomáticas com o Kremlin.

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