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EUA propõem proibir 'bump stocks' na véspera de marcha contra armas

Dispositivos foram empregados em atentado em Las Vegas em outubro, deixando 58 mortos e mais de 850 feridos

Protestos: governo americano passou a sofrer pressões após episódio violento na Flórida, em fevereiro (Joshua Roberts/Reuters)
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AFP

Publicado em 23 de março de 2018 às 21h28.

Última atualização em 23 de março de 2018 às 21h29.

O governo de Donald Trump propôs formalmente nesta sexta-feira (23) a proibição completa dos mortais "bump stocks", dispositivos que permitem que armas semiautomáticas disparem rajadas, na véspera de um protesto nacional para pedir mais controle sobre as armas de fogo.

A norma proposta pelo Departamento de Justiça ordena a entrega ou destruição de mais de meio milhão destes dispositivos que se estima que foram vendidos na última década.

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Vários "bump stocks" foram empregados pelo atirador que massacrou a multidão que assistia a um show em Las Vegas no último 1 de outubro, deixando 58 mortos e mais de 850 feridos.

A proposta incluirá um período de 90 dias para receber comentários das pessoas - que possivelmente levarão a introduzir mudanças - para depois se transformar em lei.

"Como prometi, hoje o Departamento de Justiça emitirá a norma que proíbe os BUMP STOCKS com um período obrigatório para comentários", tuitou Trump.

"Proibiremos todos os dispositivos que transformam armas legais em armas automáticas ilegais", acrescentou.

A decisão chega um dia antes de que centenas de milhares de pessoas, segundo a previsão, participem em marchas por todo o país em apoio a um maior controle sobre as armas de fogo, após o ataque a tiros que deixou 17 mortos em uma escola de Parkland, Flórida, em fevereiro.

Estudantes que sobreviveram ao ataque organizaram as marchas e se espera um comparecimento maciço em Washington.

O procurador-geral, Jeff Sessions, disse que a nova normativa proposta "constitui um passo-chave no esforço para reduzir a ameaça da violência armada, em sintonia com a Constituição e as leis aprovadas pelo Congresso".

Anos atrás, reguladores federais disseram que estes dispositivos, que são acoplados de forma mecânica aos fuzis para fazer com que disparem mais rápido, não podiam ser postos sob proibição nacional como se propõe agora.

E o Congresso, onde a Associação Nacional do Rifle, um poderoso lobby pró-armas, tem grande influência, se mostrou hesitante em agir.

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