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EUA "preocupados" com detenção de dissidentes em Cuba

Segundo porta-voz, a "maioria das detenções" foi realizada durante a visita do Papa Bento XVI na semana passada à ilha, para evitar que comparecessem às missas

Sob a presidência de Barack Obama, Washington suavizou algumas sanções contra Cuba, mas o breve degelo ficou comprometido depois da detenção do americano Alan Gross (©AFP/Archivo / Adalberto Roque)

Sob a presidência de Barack Obama, Washington suavizou algumas sanções contra Cuba, mas o breve degelo ficou comprometido depois da detenção do americano Alan Gross (©AFP/Archivo / Adalberto Roque)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2012 às 18h10.

Washington - O porta-voz do Departamento de Estado americano, Mark Toner, afirmou nesta quarta-feira, em entrevista à imprensa, que os Estados Unidos estão "profundamente preocupados" com as detenções e os atos recentes contra dissidentes em Cuba.

Segundo Toner, a "maioria das detenções" foi realizada durante a visita do Papa Bento XVI na semana passada à ilha, para evitar que comparecessem às missas.

Esta situação também foi denunciada pela oposição cubana, embora nem o governo nem a imprensa local, sob controle estatal, tenham divulgado qualquer informação.

"Pedimos ao governo cubano que liberte imediatamente os ativistas pacíficos da sociedade civil", disse Toner.

Também denunciou as "tentativas do governo de Cuba de silenciar os fatos", através do bloqueio de celulares e das conexões na internet usadas pelos dissidentes.

Sob a presidência de Barack Obama, Washington suavizou algumas sanções contra Cuba, mas o breve degelo ficou comprometido depois da detenção, em dezembro de 2009, e posterior condenação a 15 anos de prisão, do americano Alan Gross - funcionário terceirizado da empresa Development Alternatives (DAI), contratada pela Agência para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) do Departamento de Estado -, por distribuir folhetos a grupos civis.

O americano tinha sido preso em dezembro de 2010, em Cuba, acusado de espionagem.

Os Estados Unidos alegam que Gross fornecia celulares e equipamentos a grupos judeus para ajudá-los a se comunicar com o exterior e não material de propaganda anticomunista.

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