EUA pedem à Rússia para não inflamar a situação na Ucrânia
Kerry disse que ministro da relações exteriores da Rússia lhe garantiu que presidente Putin não tem intenção alguma de "violar a soberania da Ucrânia"
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2014 às 15h54.
Washington - O secretário de Estado americano, John Kerry , alertou nesta sexta-feira que, apesar de ter recebido garantias da Rússia de que respeitará a soberania da Ucrânia , esse país deve evitar movimentos "que inflamem a situação".
Kerry disse em entrevista coletiva depois de se reunir com a chanceler colombiana, María Ángela Holguín, que falou com seu colega russo, Serguei Lavrov, sobre a situação na região ucraniana da Crimeia, onde tropas armadas tomaram dois aeroportos, algo do que Kiev acusa a Rússia.
"(Lavrov) nos disse que não têm intenção de incorrer em nenhuma violação de soberania (da Ucrânia), de toda forma deixei claro que isto pode ser mal-interpretado e há suficientes tensões, sendo importante para todos ser extremamente cuidadosos para não inflamar a situação", assegurou o chefe da diplomacia dos EUA.
Kerry disse que Lavrov lhe garantiu que o presidente russo, Vladimir Putin, não tem intenção alguma de "violar a soberania da Ucrânia", mas reconheceu o grande apoio com o qual a Rússia conta na região da Crimeia.
"A pergunta é saber se o que está acontecendo agora (na Crimeia) cruza alguma linha, mas vamos ser muito prudentes", assegurou Kerry, ressaltando que deseja trabalhar conjuntamente com Moscou e Bruxelas para dissipar tensões na região após a mudança de governo em Kiev a favor da oposição pró-europeia.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, também advertiu hoje em sua entrevista coletiva diária que qualquer tipo de intervenção por parte da Rússia em território ucraniano seria "um grave erro" e assegurou que Washington segue observando de perto os movimentos da Rússia em relação à Crimeia.
"Respeitamos o território e a integridade da Ucrânia e esperamos que outros países façam o mesmo", declarou, embora tenha evitado fazer qualquer prognóstico sobre as possíveis medidas que poderia adotar a Casa Branca caso que ocorra dita intervenção.
Carney disse, além disso, que os Estados Unidos estão tentando elucidar se são soldados russos os que patrulham os aeroportos da Crimeia.
O secretário de Estado disse também que em sua conversa com Lavrov, a segunda que ambos mantêm nas últimas 48 horas, aconteceu enquanto o foragido presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, dava na Rússia uma entrevista coletiva, na qual opinou que os russos deveriam atuar, mas não de maneira militar.
"Urgimos todas as partes (...) a evitar dar passos que possam ser mal interpretados ou conduzir a erros de cálculos ou fazer outra coisa que trazer paz, estabilidade e transição pacífica na Ucrânia", comentou Kerry.
O secretário de Estado disse que é do interesse de todos realizar eleições livres que permitam a transição no governo, algo que contrasta com a autoproclamação hoje de Yanukovich como presidente legítimo da Ucrânia.
"Ninguém me derrubou (...) Tive que abandonar a Ucrânia pelas ameaças contra minha vida e minha família", explicou o líder na cidade russa Rostov del Don.
Washington - O secretário de Estado americano, John Kerry , alertou nesta sexta-feira que, apesar de ter recebido garantias da Rússia de que respeitará a soberania da Ucrânia , esse país deve evitar movimentos "que inflamem a situação".
Kerry disse em entrevista coletiva depois de se reunir com a chanceler colombiana, María Ángela Holguín, que falou com seu colega russo, Serguei Lavrov, sobre a situação na região ucraniana da Crimeia, onde tropas armadas tomaram dois aeroportos, algo do que Kiev acusa a Rússia.
"(Lavrov) nos disse que não têm intenção de incorrer em nenhuma violação de soberania (da Ucrânia), de toda forma deixei claro que isto pode ser mal-interpretado e há suficientes tensões, sendo importante para todos ser extremamente cuidadosos para não inflamar a situação", assegurou o chefe da diplomacia dos EUA.
Kerry disse que Lavrov lhe garantiu que o presidente russo, Vladimir Putin, não tem intenção alguma de "violar a soberania da Ucrânia", mas reconheceu o grande apoio com o qual a Rússia conta na região da Crimeia.
"A pergunta é saber se o que está acontecendo agora (na Crimeia) cruza alguma linha, mas vamos ser muito prudentes", assegurou Kerry, ressaltando que deseja trabalhar conjuntamente com Moscou e Bruxelas para dissipar tensões na região após a mudança de governo em Kiev a favor da oposição pró-europeia.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, também advertiu hoje em sua entrevista coletiva diária que qualquer tipo de intervenção por parte da Rússia em território ucraniano seria "um grave erro" e assegurou que Washington segue observando de perto os movimentos da Rússia em relação à Crimeia.
"Respeitamos o território e a integridade da Ucrânia e esperamos que outros países façam o mesmo", declarou, embora tenha evitado fazer qualquer prognóstico sobre as possíveis medidas que poderia adotar a Casa Branca caso que ocorra dita intervenção.
Carney disse, além disso, que os Estados Unidos estão tentando elucidar se são soldados russos os que patrulham os aeroportos da Crimeia.
O secretário de Estado disse também que em sua conversa com Lavrov, a segunda que ambos mantêm nas últimas 48 horas, aconteceu enquanto o foragido presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, dava na Rússia uma entrevista coletiva, na qual opinou que os russos deveriam atuar, mas não de maneira militar.
"Urgimos todas as partes (...) a evitar dar passos que possam ser mal interpretados ou conduzir a erros de cálculos ou fazer outra coisa que trazer paz, estabilidade e transição pacífica na Ucrânia", comentou Kerry.
O secretário de Estado disse que é do interesse de todos realizar eleições livres que permitam a transição no governo, algo que contrasta com a autoproclamação hoje de Yanukovich como presidente legítimo da Ucrânia.
"Ninguém me derrubou (...) Tive que abandonar a Ucrânia pelas ameaças contra minha vida e minha família", explicou o líder na cidade russa Rostov del Don.