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EUA ordenam saída de familiares de diplomatas da Nicarágua devido a crise

O Departamento de Estado americano afirmou que os funcionários do governo estão autorizados deixar a Nicarágua por conta da crise política do país

Nicarágua: pelo menos 27 pessoas morreram durante manifestações contra a reforma da previdência (Jorge Cabrera/Reuters)
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EFE

Publicado em 23 de abril de 2018 às 13h48.

Washington - Os Estados Unidos ordenaram nesta segunda-feira que os parentes dos diplomatas americanos na Nicarágua deixem o país devido à crise que deixou pelo menos 27 mortos em protestos contra a reforma previdenciária promovida pelo governo.

Em nota, o Departamento de Estado indicou que também autorizou a saída dos funcionários do governo americano na Nicarágua.

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O governo dos EUA também recomendou aos cidadãos americanos que "reconsiderem" os planos de viajar à Guatemala devido aos protestos, considerados como "pouco previsíveis" na nota.

Ao menos 27 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nos últimos cinco dias na Nicarágua nos protestos contra a reforma previdenciária aprovada pelo governo de Daniel Ortega. Também foram registrados saques e depredações a lojas e prédios públicos.

O presidente do país revogou a reforma no domingo para tentar conter a violência, mas a tensão segue porque novas manifestações foram convocadas para esta segunda-feira.

"As manifestações provocam tipicamente uma forte resposta (policial), que no passado incluiu uso de gás lacrimogêneo, gás de pimenta, balas de borracha e munição contra os participantes. Em alguns casos, provocaram saques e vandalismo", disse o Departamento de Estado dos EUA no comunicado.

Ontem, os EUA pediram um "amplo diálogo" que inclua todos os setores da sociedade para resolver o conflito na Nicarágua.

"O governo dos EUA lamenta a perda de vidas e as lesões sofridas na Nicarágua durante os protestos de seus cidadãos", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, em nota.

"Condenamos a violência e o uso excessivo da força por parte da polícia e outras pessoas contra os civis que exercem o seu direito constitucional à liberdade de expressão e reunião", completou.

 

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