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EUA não descartam ação unilateral contra Síria

Sem acordo no Conselho de Segurança, governo norte-americano não descarta atacar a Síria mesmo sem o aval da ONU ou de seus aliados

Especialistas em armas químicas da ONU coleta amostras em uma dos locais supostamente atacados na periferia de Damasco (Mohamed Abdullah/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2013 às 20h24.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguiram chegar a um acordo nesta quarta-feira sobre uma resolução proposta pelo Reino Unido, que autorizaria o uso de força militar na Síria . Diante da falta de acordo, o governo norte-americano não descarta a possibilidade de atacar a Síria unilateralmente, mesmo sem o aval da ONU ou o apoio de seus próprios aliados.

Mais cedo, o enviado especial da ONU e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi, afirmou que, aparentemente, algum tipo de substância química foi usado no ataque do dia 21 de agosto nas proximidades de Damasco. Até o momento, porém, não há provas concretas nem do emprego de armas químicas nem de quem teria feito uso desses armamentos.

Os membros permanentes do CS da ONU - todos eles com poder de veto - são China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Caso o esboço de resolução em debate seja levado a votação, considera-se altamente provável que seja vetado por Rússia e China, que já bloquearam tentativas anteriores de aplicar sanções ao governo do presidente Bashar Assad.

Na avaliação da Casa Branca, a "paralisia diplomática" não deve impedir uma resposta ao suposto uso de armas químicas, atribuído por Washington ao governo sírio. Na noite de hoje, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse ter "concluído" que Damasco recorreu a essas armas no ataque que deixou mais de cem mortos na semana passada.

Por sua vez, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu às potências que deem tempo não apenas à diplomacia, mas também aos inspetores de armas da entidade, que investigam o ataque em que, na avaliação dos EUA, teriam sido usadas armas químicas. Segundo Ban, os inspetores da ONU precisam de quatro dias para concluir seu trabalho.

O governo britânico apresentou a proposta de resolução nesta quarta-feira, no momento em que cresce o apoio entre os aliados ocidentais por um ataque na Síria. Autoridades norte-americanas, dentre elas Obama e o vice-presidente Joe Biden, acusam o governo de Assad de ter usado armas químicas.

Depois de os embaixadores terem se reunido por algumas horas na sede da ONU, o esboço de resolução foi enviado de volta aos governos para consultas, segundo um diplomata ocidental, que falou em condição de anonimato.

O diplomata russo reiterou suas objeções à intervenção internacional na crise síria. A embaixadora norte-americana Samantha Power e o embaixador britânico Mark Lyall Grant saíram da reunião sem falar com os repórteres.

Um porta-voz do primeiro-ministro David Cameron disse em Londres que o esboço britânico autorizaria "todas as medidas necessárias sob o Capítulo 7 da Carta da ONU para proteger civis de armas químicas". O Capítulo 7 permite o uso das forças armadas internacionais para apoiar decisões da ONU.

Os norte-americanos, por sua vez, querem manter aberta a possibilidade de intervenção, mesmo que sem o aval da ONU. "Não podemos deixar de responder por causa da intransigência da Rússia (...) nas Nações Unidas", criticou Marie Harf, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA. "A situação é séria e exige uma resposta."

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Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguiram chegar a um acordo nesta quarta-feira sobre uma resolução proposta pelo Reino Unido, que autorizaria o uso de força militar na Síria . Diante da falta de acordo, o governo norte-americano não descarta a possibilidade de atacar a Síria unilateralmente, mesmo sem o aval da ONU ou o apoio de seus próprios aliados.

Mais cedo, o enviado especial da ONU e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi, afirmou que, aparentemente, algum tipo de substância química foi usado no ataque do dia 21 de agosto nas proximidades de Damasco. Até o momento, porém, não há provas concretas nem do emprego de armas químicas nem de quem teria feito uso desses armamentos.

Os membros permanentes do CS da ONU - todos eles com poder de veto - são China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Caso o esboço de resolução em debate seja levado a votação, considera-se altamente provável que seja vetado por Rússia e China, que já bloquearam tentativas anteriores de aplicar sanções ao governo do presidente Bashar Assad.

Na avaliação da Casa Branca, a "paralisia diplomática" não deve impedir uma resposta ao suposto uso de armas químicas, atribuído por Washington ao governo sírio. Na noite de hoje, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse ter "concluído" que Damasco recorreu a essas armas no ataque que deixou mais de cem mortos na semana passada.

Por sua vez, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu às potências que deem tempo não apenas à diplomacia, mas também aos inspetores de armas da entidade, que investigam o ataque em que, na avaliação dos EUA, teriam sido usadas armas químicas. Segundo Ban, os inspetores da ONU precisam de quatro dias para concluir seu trabalho.

O governo britânico apresentou a proposta de resolução nesta quarta-feira, no momento em que cresce o apoio entre os aliados ocidentais por um ataque na Síria. Autoridades norte-americanas, dentre elas Obama e o vice-presidente Joe Biden, acusam o governo de Assad de ter usado armas químicas.

Depois de os embaixadores terem se reunido por algumas horas na sede da ONU, o esboço de resolução foi enviado de volta aos governos para consultas, segundo um diplomata ocidental, que falou em condição de anonimato.

O diplomata russo reiterou suas objeções à intervenção internacional na crise síria. A embaixadora norte-americana Samantha Power e o embaixador britânico Mark Lyall Grant saíram da reunião sem falar com os repórteres.

Um porta-voz do primeiro-ministro David Cameron disse em Londres que o esboço britânico autorizaria "todas as medidas necessárias sob o Capítulo 7 da Carta da ONU para proteger civis de armas químicas". O Capítulo 7 permite o uso das forças armadas internacionais para apoiar decisões da ONU.

Os norte-americanos, por sua vez, querem manter aberta a possibilidade de intervenção, mesmo que sem o aval da ONU. "Não podemos deixar de responder por causa da intransigência da Rússia (...) nas Nações Unidas", criticou Marie Harf, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA. "A situação é séria e exige uma resposta."

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