EUA mobilizam bombardeiro em gesto de força contra Pyongyang
É cada vez mais habitual que os EUA utilizem aviões B-1B para ressaltar uma posição de superioridade militar perante a Coreia do Norte
EFE
Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 08h41.
Seul - Os Estados Unidos utilizaram nesta quarta-feira pelo menos um bombardeiro estratégico B-1B nas manobras aéreas que realizam esta semana com a Coreia do Sul na península coreana e que representam uma nova exibição de força perante o desafio armamentista da Coreia do Norte .
O bombardeiro, da base aérea Andersen da ilha de Guam, realizou exercícios de bombardeios simulados com caças furtivos americanos F-22 e F-35 e caças F-15 sul-coreanos como parte das manobras anuais "Vigilant Ace", informou à Agência um porta-voz da Sétima Força Aérea dos EUA.
As manobras aconteceram no campo de Pilsung, na província de Gangwon, 155 quilômetros ao sul da fronteira com a Coreia do Norte, segundo detalhou mais tarde um porta-voz do Ministério de Defesa sul-coreano.
Embora inicialmente tenha se pensado em dois bombardeiros (normalmente o Pentágono costuma enviá-los em dupla à península coreana), nenhuma das duas partes quis confirmar o número de B-1B usados depois que imagens da simulação enviadas aos meios de comunicação mostrassem só um avião participando dos exercícios.
É cada vez mais habitual que os EUA utilizem aviões B-1B para ressaltar uma posição de superioridade militar perante a Coreia do Norte.
A última vez que isso aconteceu foi em 3 de novembro, quando enviou dois deles poucos dias antes da visita do presidente americano, Donald Trump, à Coreia do Sul.
Embora o "Vigilant Ace" tenha frequência anual e já estivesse planejado antes que a Coreia do Norte realizasse na quarta-feira passada seu último teste de mísseis balísticos, o exercício foi empregado como contundente resposta a esse lançamento.
Deste modo, o "Vigilant Ace" - que se prolongará até 8 de dezembro - deste ano é o maior exercício aéreo conjunto já realizado na península coreana, com 230 aeronaves e 12.000 soldados envolvidos.
Os contínuos testes de armas da Coreia do Norte, unidos ao tom belicista usado por Donald Trump e as movimentações militares cada vez mais enérgicas de Washington na península, aumentaram a tensão regional até níveis inéditos desde o final da Guerra da Coreia (1950-1953).