EUA intensificam estudos sobre Zika vírus
Autoridades do setor de saúde dos EUA estão intensificando os esforços para pesquisar a ligação entre o vírus Zika e deficiências de nascimento nos bebês
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 18h31.
Chicago - Autoridades do setor de saúde dos Estados Unidos estão intensificando os esforços para pesquisar a ligação entre o vírus Zika e deficiências de nascimento nos bebês, em meio a previsões sobre o alastramento do vírus transmitido por mosquito no país durante os meses de mais calor.
O diretor dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) pediu nesta terça-feira mais esforços para estudar o impacto das infecções por Zika, citando um recente levantamento que estima que o vírus pode alcançar regiões onde 60 por cento da população norte-americana vive.
O vírus transmitido por mosquito tem sido ligado a danos cerebrais em milhares de bebês no Brasil. Não há vacina ou tratamento para o Zika, um vírus próximo ao da dengue e ao da chikungunya, que causa febre e irritação na pele. É estimado que 80 por cento dos infectados não apresentam sintomas, tornando difícil para as gestantes saberem se elas contraíram o vírus.
Na segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) previu que o vírus se espalharia por todos os países das Américas, com a exceção do Canadá e do Chile.
Num texto publicado em blog, o diretor do NIH, Francis Collins, cita um estudo publicado em 14 de janeiro no qual pesquisadores preveem que o Zika poderia se espalhar em áreas pelas costas leste e oeste dos EUA e em muito do centro-oeste durante os meses de mais calor, onde cerca de 200 milhões de pessoas vivem.
O estudo também mostra que outras 22,7 milhões de pessoas moram em regiões úmidas do país, onde os mosquitos que levam o vírus pode viver durante todo o ano.
Dada a ameaça, Collins afirmou que “é agora criticamente importante confirmar, por cuidadosos estudos epidemiológicos e em animais, se existe ou não uma ligação causal entre as infecções do vírus Zika em gestantes e a microcefalia em bebês recém-nascidos”. Especialistas dizem que há ainda muito a aprender sobre as infecções pelo Zika.
Por exemplo, não é claro o quão comum as infecções são em mulheres grávidas, ou quando durante a gravidez o risco da mulher transmitir o vírus para o feto seria maior.
Collins afirmou que o Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas está conduzindo estudos para entender melhor os efeitos do Zika em humanos e para desenvolver testes melhores para determinar mais rápido se alguém foi infectado. O instituto também trabalha no teste de novas drogas contra o vírus.
O texto no blog foi seguido pelo anúncio nesta terça de novas normas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, que dão orientações a pediatras tratando de crianças cujas mães podem ter sido expostas ao vírus durante a gravidez.
Nas novas normas, o centro orienta os médicos a entrarem em contato com os seus departamentos de saúde estaduais ou territoriais para facilitar o teste de crianças potencialmente infectadas.
Chicago - Autoridades do setor de saúde dos Estados Unidos estão intensificando os esforços para pesquisar a ligação entre o vírus Zika e deficiências de nascimento nos bebês, em meio a previsões sobre o alastramento do vírus transmitido por mosquito no país durante os meses de mais calor.
O diretor dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) pediu nesta terça-feira mais esforços para estudar o impacto das infecções por Zika, citando um recente levantamento que estima que o vírus pode alcançar regiões onde 60 por cento da população norte-americana vive.
O vírus transmitido por mosquito tem sido ligado a danos cerebrais em milhares de bebês no Brasil. Não há vacina ou tratamento para o Zika, um vírus próximo ao da dengue e ao da chikungunya, que causa febre e irritação na pele. É estimado que 80 por cento dos infectados não apresentam sintomas, tornando difícil para as gestantes saberem se elas contraíram o vírus.
Na segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) previu que o vírus se espalharia por todos os países das Américas, com a exceção do Canadá e do Chile.
Num texto publicado em blog, o diretor do NIH, Francis Collins, cita um estudo publicado em 14 de janeiro no qual pesquisadores preveem que o Zika poderia se espalhar em áreas pelas costas leste e oeste dos EUA e em muito do centro-oeste durante os meses de mais calor, onde cerca de 200 milhões de pessoas vivem.
O estudo também mostra que outras 22,7 milhões de pessoas moram em regiões úmidas do país, onde os mosquitos que levam o vírus pode viver durante todo o ano.
Dada a ameaça, Collins afirmou que “é agora criticamente importante confirmar, por cuidadosos estudos epidemiológicos e em animais, se existe ou não uma ligação causal entre as infecções do vírus Zika em gestantes e a microcefalia em bebês recém-nascidos”. Especialistas dizem que há ainda muito a aprender sobre as infecções pelo Zika.
Por exemplo, não é claro o quão comum as infecções são em mulheres grávidas, ou quando durante a gravidez o risco da mulher transmitir o vírus para o feto seria maior.
Collins afirmou que o Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas está conduzindo estudos para entender melhor os efeitos do Zika em humanos e para desenvolver testes melhores para determinar mais rápido se alguém foi infectado. O instituto também trabalha no teste de novas drogas contra o vírus.
O texto no blog foi seguido pelo anúncio nesta terça de novas normas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, que dão orientações a pediatras tratando de crianças cujas mães podem ter sido expostas ao vírus durante a gravidez.
Nas novas normas, o centro orienta os médicos a entrarem em contato com os seus departamentos de saúde estaduais ou territoriais para facilitar o teste de crianças potencialmente infectadas.