EUA pedem eleições 'reais' na Venezuela e suspensão do país na OEA
Departamento do Tesouro dos EUA também anunciou sanções contra três venezuelanos e 20 empresas, 16 delas instaladas no país sul-americano
AFP
Publicado em 7 de maio de 2018 às 15h50.
Última atualização em 7 de maio de 2018 às 17h43.
O vice-presidente dos Estados Unidos , Mike Pence, exigiu nesta segunda-feira (7) à Venezuela que organize "eleições reais" no lugar da "fraude" prevista para 20 de maio, e pediu que o país seja suspenso da Organização dos Estados Americanos (OEA).
No discurso ante uma sessão especial do Conselho Permanente da OEA, em Washington, Pence formulou um chamado para que o presidente Nicolás Maduro "suspenda essa fraude de eleições e organize eleições reais".
Em um discurso de aproximadamente meia hora, durante o qual a cadeira da delegação venezuelana permaneceu vazia, o vice-presidente Pence disse que "as chamadas eleições, previstas para 20 de maio, não são mais que uma fraude".
Além disso, Pence pediu que os países da OEA suspendam a Venezuela da entidade.
Os países que compõem a organização continental, apontou, devem "cumprir com seu velho compromisso com a democracia e a liberdade".
Por isso, pediu "aos membros da OEA que suspendam a Venezuela da organização. Essa é uma instituição dedicada à democracia".
Pouco antes, o Departamento americano do Tesouro anunciou sanções contra um ex-funcionário da Venezuela e outros dois cidadãos venezuelanos considerados cúmplices, por suspeitas de laços com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Essas sanções também afetaram 20 empresas, 16 delas instaladas na Venezuela e as outras no Panamá, pela mesma razão.
O ex-funcionário sancionado nesta segunda-feira é Pedro Luis Martin Olivares, ex-chefe de Inteligência Financeira DISIP da Venezuela, atual Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin).
Também foram sancionados seus sócios Walter Alexander Del Nogal Márquez e Mario Antonio Rodríguez Espinoza.