Ação é atribuída a hackers chineses (Thomas Samson/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2015 às 08h40.
Washington - O ciberataque contra os Estados Unidos revelado na semana passada, que a imprensa americana atribui a hackers chineses, foi maior do que o divulgado em um primeiro momento e afetou informações "sensíveis" de milhões de funcionários e fornecedores do governo americano.
O Escritório de Recursos Humanos do governo americano (OPM, sigla em inglês), que foi vítima do ataque, informou nesta sexta-feira que os hackers também teriam conseguido acessar uma base de dados que contém "informações sensíveis sobre controles de segurança" de milhões de funcionários federais e de empresas contratadas pelo governo.
"Podemos dizer com muitas garantias que os sistemas da agência, que contêm informações sobre os controles de segurança realizados com funcionários antigos, atuais, futuros e outros, foram 'hackeados'", relatou o porta-voz da OPM Samuel Schumach.
Schumach explicou que a OPM está tentando determinar quanta gente foi afetada pela ação dos hackers e, assim que se conheçam todas as vítimas, estas serão notificadas.
No entanto, a OPM não quis entrar em detalhes de quem são as vítimas potenciais, mas veículos da imprensa americana, como o "New York Times", apontaram que se trataria, entre outros, de agentes do FBI e de prestadores de serviços de defesa.
O ataque contra o sistema de computadores do Escritório de Recursos Humanos do governo de EUA, ocorrido em dezembro do ano passado e detectado em maio, pode ser o maior roubo de informações estatais já tentado contra o país.
Oficialmente, ainda não foi revelado quem esteve por trás do ciberataque, mas vários meios da imprensa americana, assim como um congressista republicano, asseguram que os autores foram hackers chineses.
Segundo o "Washington Post", a China está construindo "bases de dados maciças com dados pessoais de americanos", a fim de "recrutar espiões e para conseguir mais informações sobre um adversário".
O governo chinês, por sua vez, garantiu que não há "provas científicas" que o relacionem com esse ciberataque.