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EUA estão preocupados com detenção de jornalistas na Turquia

Em comunicado, a embaixada dos EUA em Ancara assinalou que está "muito preocupada com a detenção de Can Dündar e Erdem Gül"

Liberdade de imprensa: "Esperamos que os tribunais e as autoridades turcas respeitem o princípio fundamental de liberdade de imprensa" (Umit Bektas / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2015 às 11h04.

Istambul - Os Estados Unidos e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (Osce) expressaram nesta sexta-feira sua "preocupação" com a prisão preventiva decretada na Turquia contra dois jornalistas de um famoso jornal opositor, acusados de espionagem e de revelar segredos de Estado.

Em comunicado, a embaixada dos EUA em Ancara assinalou que está "muito preocupada com a detenção de Can Dündar e Erdem Gül e com o que parece outro meio de comunicação mais sob pressão".

Os dois jornalistas trabalham para o jornal liberal "Cumhuriyet".

"Esperamos que os tribunais e as autoridades turcas respeitem o princípio fundamental de liberdade de imprensa, contido na Constituição turca", acrescentou a delegação em mensagem publicada através da rede social Twitter.

Dündar, redator-chefe do "Cumhuriyet", e seu colega Gül, chefe da redação de Ancara, tinham publicado em maio fotografias vazadas da Polícia que demonstravam, segundo sua opinião, o envio de armas da Turquia à Síria em caminhões acompanhados por agentes dos serviços secretos turcos que oficialmente transportavam "ajuda humanitária".

o "Cumhuriyet", com uma tiragem de 50 mil exemplares diários, se considera um dos periódicos mais prestigiados do país, fundado em 1924 e com uma linha editorial de centro-esquerda.

Também a Osce, da qual a Turquia é membro fundador, protestou hoje em Viena contra o julgamento de Dündar e Gül.

A acusação, que pede prisão perpétua para os dois jornalistas, "piorou ainda mais uma situação de liberdade de imprensa já crítica na Turquia", assinalou a representante de liberdade de imprensa da Osce, Dunja Mijatovic.

"É inaceitável que os jornalistas enfrentem uma vida na prisão por causa de reportagens que as autoridades consideram perigosas", acrescenta.

"Somente a possibilidade de um castigo tão duro envia à sociedade a mensagem apavorante que se castigará severamente todo desacordo com a opinião de quem está no poder", advertiu Mijatovic.

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Istambul - Os Estados Unidos e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (Osce) expressaram nesta sexta-feira sua "preocupação" com a prisão preventiva decretada na Turquia contra dois jornalistas de um famoso jornal opositor, acusados de espionagem e de revelar segredos de Estado.

Em comunicado, a embaixada dos EUA em Ancara assinalou que está "muito preocupada com a detenção de Can Dündar e Erdem Gül e com o que parece outro meio de comunicação mais sob pressão".

Os dois jornalistas trabalham para o jornal liberal "Cumhuriyet".

"Esperamos que os tribunais e as autoridades turcas respeitem o princípio fundamental de liberdade de imprensa, contido na Constituição turca", acrescentou a delegação em mensagem publicada através da rede social Twitter.

Dündar, redator-chefe do "Cumhuriyet", e seu colega Gül, chefe da redação de Ancara, tinham publicado em maio fotografias vazadas da Polícia que demonstravam, segundo sua opinião, o envio de armas da Turquia à Síria em caminhões acompanhados por agentes dos serviços secretos turcos que oficialmente transportavam "ajuda humanitária".

o "Cumhuriyet", com uma tiragem de 50 mil exemplares diários, se considera um dos periódicos mais prestigiados do país, fundado em 1924 e com uma linha editorial de centro-esquerda.

Também a Osce, da qual a Turquia é membro fundador, protestou hoje em Viena contra o julgamento de Dündar e Gül.

A acusação, que pede prisão perpétua para os dois jornalistas, "piorou ainda mais uma situação de liberdade de imprensa já crítica na Turquia", assinalou a representante de liberdade de imprensa da Osce, Dunja Mijatovic.

"É inaceitável que os jornalistas enfrentem uma vida na prisão por causa de reportagens que as autoridades consideram perigosas", acrescenta.

"Somente a possibilidade de um castigo tão duro envia à sociedade a mensagem apavorante que se castigará severamente todo desacordo com a opinião de quem está no poder", advertiu Mijatovic.

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