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EUA e Israel acertam detalhes de ajuda militar

A demora das negociações do pacote de ajuda ressaltou o atrito constante entre o presidente dos EUA e o primeiro-ministro israelense

Joe Biden e Netanyahu: os EUA e Israel também vêm se desentendendo a respeito dos palestinos (Debbie Hill/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2016 às 10h44.

Washington - Os Estados Unidos e Israel preencheram várias das lacunas remanescentes nas negociações de um novo pacote de ajuda militar de vários bilhões de dólares para o principal aliado de Washington no Oriente Médio, e os dois lados esperam chegar a um acordo em breve, disse uma autoridade norte-americana de alto escalão na quarta-feira.

Jacob Nagel, diretor interino do conselho de segurança nacional de Israel, finalizou três dias de discussões a portas fechadas na capital dos EUA a respeito de um novo pacto de defesa de 10 anos, incluindo uma reunião com a conselheira de segurança nacional norte-americana, Susan Rice.

A demora das negociações do pacote de ajuda ressaltou o atrito constante entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, resultante do acordo nuclear com o Irã, arquirrival de Israel, no ano passado, uma iniciativa liderada por Washington.

Os EUA e Israel também vêm se desentendendo a respeito dos palestinos.

Mas como Obama irá entregar o cargo em janeiro, os dois lados parecem cada vez mais determinados a chegar a um entendimento de forma a salvaguardar a assistência norte-americana ao Estado judeu ao longo da próxima década.

"Fizemos progresso e preenchemos muitas das lacunas remanescentes. Esperamos poder chegar a um acordo final logo", disse o funcionário graduado à Reuters após a conclusão das conversas, mas sem dar maiores detalhes ou fornecer um cronograma preciso para a finalização das tratativas.

Despertando esperanças de superar uma discórdia fundamental, Israel assinalou no começo das conversas que poderia aceitar a exigência do governo Obama de que os fundos militares norte-americanos, até agora gastos parcialmente em armas israelenses, sejam eventualmente gastos inteiramente com armas feitas nos EUA, de acordo com fontes norte-americanas.

Isso representaria uma grande concessão de Netanyahu. O líder direitista israelense, que sempre teve uma relação tensa com Obama, decidiu que seria melhor elaborar um novo memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês) com ele do que torcer por condições melhores do próximo presidente norte-americano, segundo autoridades dos dois lados.

A Casa Branca se comprometeu a assinar um novo MOU que "constituiria o maior compromisso isolado de assistência militar a qualquer país na história dos EUA".

O pacto atual, que foi assinado em 2007 e vence em 2018, deu a Israel cerca de 30 bilhões de dólares de financiamento militar estrangeiro.

Acredita-se que os negociadores dos EUA mantiveram uma oferta anterior de 3,5 a 3,7 bilhões de dólares anuais para o aliado nos termos do novo MOU, substancialmente menos que os 4 bilhões de dólares anuais que Netanyahu havia pedido, mas ainda assim um aumento considerável.

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Washington - Os Estados Unidos e Israel preencheram várias das lacunas remanescentes nas negociações de um novo pacote de ajuda militar de vários bilhões de dólares para o principal aliado de Washington no Oriente Médio, e os dois lados esperam chegar a um acordo em breve, disse uma autoridade norte-americana de alto escalão na quarta-feira.

Jacob Nagel, diretor interino do conselho de segurança nacional de Israel, finalizou três dias de discussões a portas fechadas na capital dos EUA a respeito de um novo pacto de defesa de 10 anos, incluindo uma reunião com a conselheira de segurança nacional norte-americana, Susan Rice.

A demora das negociações do pacote de ajuda ressaltou o atrito constante entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, resultante do acordo nuclear com o Irã, arquirrival de Israel, no ano passado, uma iniciativa liderada por Washington.

Os EUA e Israel também vêm se desentendendo a respeito dos palestinos.

Mas como Obama irá entregar o cargo em janeiro, os dois lados parecem cada vez mais determinados a chegar a um entendimento de forma a salvaguardar a assistência norte-americana ao Estado judeu ao longo da próxima década.

"Fizemos progresso e preenchemos muitas das lacunas remanescentes. Esperamos poder chegar a um acordo final logo", disse o funcionário graduado à Reuters após a conclusão das conversas, mas sem dar maiores detalhes ou fornecer um cronograma preciso para a finalização das tratativas.

Despertando esperanças de superar uma discórdia fundamental, Israel assinalou no começo das conversas que poderia aceitar a exigência do governo Obama de que os fundos militares norte-americanos, até agora gastos parcialmente em armas israelenses, sejam eventualmente gastos inteiramente com armas feitas nos EUA, de acordo com fontes norte-americanas.

Isso representaria uma grande concessão de Netanyahu. O líder direitista israelense, que sempre teve uma relação tensa com Obama, decidiu que seria melhor elaborar um novo memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês) com ele do que torcer por condições melhores do próximo presidente norte-americano, segundo autoridades dos dois lados.

A Casa Branca se comprometeu a assinar um novo MOU que "constituiria o maior compromisso isolado de assistência militar a qualquer país na história dos EUA".

O pacto atual, que foi assinado em 2007 e vence em 2018, deu a Israel cerca de 30 bilhões de dólares de financiamento militar estrangeiro.

Acredita-se que os negociadores dos EUA mantiveram uma oferta anterior de 3,5 a 3,7 bilhões de dólares anuais para o aliado nos termos do novo MOU, substancialmente menos que os 4 bilhões de dólares anuais que Netanyahu havia pedido, mas ainda assim um aumento considerável.

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