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EUA e Irã fazem guerra de declarações antes de negociações

Última rodada de negociações nucleares começou com uma guerra de declarações entre o Irã e as potências mundiais

O chanceler iraniano, Mohamad Javad Zarif: partes têm 15 dias para alcançar um acordo (Dieter Nagl/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2014 às 10h42.

Viena - A última rodada de negociações nucleares em Viena começou nesta quarta-feira com uma guerra de declarações entre o Irã , que traçou uma linha vermelha sobre seu programa energético, e as potências, que o advertem para que não perca uma oportunidade histórica.

A República Islâmica não tem nada a esconder de seu programa atômico, mas "nós não liquidaremos nossos progressos tecnológicos", advertiu no jornal francês Le Monde o chanceler iraniano, Mohamad Javad Zarif.

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Depois de meses de intenso diálogo, as duas partes têm 15 dias para alcançar um acordo que garanta que o Irã não terá a arma atômica, em troca do levantamento das sanções internacionais contra sua economia.

As delegações chegam nesta quarta-feira à capital austríaca.

Por sua vez, o secretário de Estado americano, John Kerry , afirmou no The Washington Post que estas negociações "promovem uma escolha para os líderes do Irã. Eles podem aceitar dar os passos necessários para assegurar ao mundo que o programa nuclear de seu país será exclusivamente pacífico e não será utilizado para construir uma arma", escreveu Kerry.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, China, França, Grã-Bretanha e Rússia), além da Alemanha, querem que o Irã reduza seu programa nuclear para tranquilizar a comunidade internacional.

A sexta e última rodada começa oficialmente na quinta-feira e pode continuar potencialmente até 20 de julho, quando expira um acordo provisório assinado em novembro, embora teoricamente este prazo possa se prolongar.

A capacidade de enriquecimento de urânio que o Irã conservaria depois de um acordo é um dos principais pontos de divergência.

O Irã confirmou estar disposto a modificar os planos de seu reator de água pesada em construção em Arak, perto de Teerã, para garantir que já não poderá produzir plutônio, o outro combustível possível de uma bomba nuclear, junto com o urânio altamente enriquecido.

As autoridades iranianas se negam a discutir seu programa de mísseis - que poderiam transportar bombas - alegando que esta capacidade balística é uma questão de defesa nacional, e não de política nuclear.

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