EUA e aliados querem que Rússia ataque apenas o EI na Síria
Países querem garantia de que os ataques iniciados pela Rússia na Síria terão unicamente como alvo posições do Estado Islâmico
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2015 às 17h36.
Nações Unidas - Estados Unidos, França e Reino Unido exigiram nesta quarta-feira garantias de que os ataques iniciados pela Rússia na Síria terão unicamente como alvo posições do Estado Islâmico (EI) e não a oposição moderada que combate o regime do presidente Bashar al Assad.
"Se as recentes ações da Rússia representam um compromisso genuíno para derrotar essa organização (EI), então, damos as boas-vindas", disse o secretário de Estado dos EUA , John Kerry, que se mostrou disposto a discutir detalhes das operações militares com Moscou nesta semana.
Kerry alertou que os bombardeios não podem atingir zonas controladas pela oposição moderada, uma mensagem que foi reiterada pelos ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, e da França, Laurent Fabius. O chanceler francês, inclusive, cogitou que as primeiras bombas russas não tenham sido lançadas contra o EI.
Fabius disse em entrevista coletiva que há "indícios" que mostram que esses ataques não tiveram como alvo posições dos extremistas.
Segundo a Coalizão Nacional Síria , de oposição ao regime, os bombardeios russos caíram em "áreas livres do EI e da Al Qaeda", causando a morte de 36 civis no norte da província de Homs.
Kerry disse que seria muito preocupante se a Rússia começar a atacar zonas nas quais os jihadistas não operam. Isso colocaria em dúvida as "verdadeiras intenções" de Moscou na Síria.
Já Hammond considerou como "muito importante" que a Rússia seja capaz de confirmar à comunidade internacional que os bombardeiros de hoje foram lançados "exclusivamente contra o EI e não contra a oposição moderada do regime de Assad".
Os chefes das diplomacias dos EUA, Reino Unido e França discursaram hoje em uma reunião especial sobre terrorismo no Conselho de Segurança da ONU, presidida pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Os três reiteraram que qualquer ajuda contra o EI é sempre bem-vinda, mas deixaram claro que esse apoio não pode servir para reforçar o regime de Assad, considerado como responsável, em grande medida, do avanço dos jihadistas, pela brutalidade contra civis e por concentrar as ações militares contra a oposição.
Fabius afirmou que são necessárias três condições para que outros países cooperem na Síria, incluindo a Rússia: que os alvos sejam os terroristas e não os opositores de Assad; que o regime interrompa o uso de barris explosivos e de cloro contra os civis; e que haja uma negociação para um processo de transição que garanta a saída do presidente.
Nações Unidas - Estados Unidos, França e Reino Unido exigiram nesta quarta-feira garantias de que os ataques iniciados pela Rússia na Síria terão unicamente como alvo posições do Estado Islâmico (EI) e não a oposição moderada que combate o regime do presidente Bashar al Assad.
"Se as recentes ações da Rússia representam um compromisso genuíno para derrotar essa organização (EI), então, damos as boas-vindas", disse o secretário de Estado dos EUA , John Kerry, que se mostrou disposto a discutir detalhes das operações militares com Moscou nesta semana.
Kerry alertou que os bombardeios não podem atingir zonas controladas pela oposição moderada, uma mensagem que foi reiterada pelos ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, e da França, Laurent Fabius. O chanceler francês, inclusive, cogitou que as primeiras bombas russas não tenham sido lançadas contra o EI.
Fabius disse em entrevista coletiva que há "indícios" que mostram que esses ataques não tiveram como alvo posições dos extremistas.
Segundo a Coalizão Nacional Síria , de oposição ao regime, os bombardeios russos caíram em "áreas livres do EI e da Al Qaeda", causando a morte de 36 civis no norte da província de Homs.
Kerry disse que seria muito preocupante se a Rússia começar a atacar zonas nas quais os jihadistas não operam. Isso colocaria em dúvida as "verdadeiras intenções" de Moscou na Síria.
Já Hammond considerou como "muito importante" que a Rússia seja capaz de confirmar à comunidade internacional que os bombardeiros de hoje foram lançados "exclusivamente contra o EI e não contra a oposição moderada do regime de Assad".
Os chefes das diplomacias dos EUA, Reino Unido e França discursaram hoje em uma reunião especial sobre terrorismo no Conselho de Segurança da ONU, presidida pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Os três reiteraram que qualquer ajuda contra o EI é sempre bem-vinda, mas deixaram claro que esse apoio não pode servir para reforçar o regime de Assad, considerado como responsável, em grande medida, do avanço dos jihadistas, pela brutalidade contra civis e por concentrar as ações militares contra a oposição.
Fabius afirmou que são necessárias três condições para que outros países cooperem na Síria, incluindo a Rússia: que os alvos sejam os terroristas e não os opositores de Assad; que o regime interrompa o uso de barris explosivos e de cloro contra os civis; e que haja uma negociação para um processo de transição que garanta a saída do presidente.